domingo, 29 de junho de 2008

Câncer de boca

O Auto-Exame da Boca
O auto-exame deve ser feito em um local bem iluminado, diante do espelho. O objetivo é identificar lesões precursoras do câncer de boca. Devem ser observados sinais como mudança na cor da pele e mucosas, endurecimentos, caroços, feridas, inchações, áreas dormentes, dentes quebrados ou amolecidos e úlcera rasa, indolor e avermelhada.

Atenção!

Lave bem a boca e remova próteses dentárias se for o caso.
De frente para o espelho, observe a pele do rosto e do pescoço. Veja se encontra algum sinal que não tenha notado antes. Toque suavemente com as pontas dos dedos todo o rosto.
Puxe com os dedos, o lábio inferior para baixo, expondo a sua parte interna (mucosa). Em seguida, apalpe todo o lábio. Puxe o lábio superior para cima e repita a palpação.











Com a ponta do dedo indicador, afaste a bochecha para examinar a parte interna da mesma. Faça isso nos dois lados.
Com a ponta do dedo indicador, percorra toda a gengiva superior e inferior.












Introduza o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo do queixo e procure palpar todo o assoalho da boca.
Incline a cabeça para trás e abrindo a boca o máximo possível, examine atentamente o céu da boca. Palpe com o dedo indicador todo o céu da boca. Em seguida diga ÁÁÁÁ... E observe o fundo da garganta.












Ponha a língua para fora e observe a parte de cima. Repita a observação com a língua levantada até o céu da boca. Em seguida puxando a língua para esquerda, observe o lado esquerdo da mesma. Repita o procedimento para o lado direito.
Estique a língua para fora, segurando-a com um pedaço de gaze ou pano, apalpe em toda a sua extensão com os dedos indicadores e polegar da outra mão.
Examine o pescoço. Compare os lados direito e esquerdo e veja se há diferenças entre eles. Depois, apalpe o lado esquerdo do pescoço com a mão direita. Repita o procedimento para o lado direito, palpando com a mão esquerda. Veja se existem caroços ou áreas endurecidas.
Finalmente, introduza o polegar por debaixo do queixo e apalpe suavemente todo o seu contorno inferior.




O que procurar?


Mudanças na aparência dos lábios e da porção interna da boca
-Endurecimentos
-Caroços
-Feridas
-Sangramentos
-Inchações
-Áreas dormentes
-Dentes amolecidos ou quebrados
Faça o auto-exame da boca mensalmente.
Prevenção
1 - evitar fumo e álcool;
2 - evitar exposição continuada aos raios solares;
3 - evitar traumas crônicos na mucosa bucal, tais como: prótese mal adaptada, coroas dentais fraturadas, raízes residuais, etc;
4 - manter higienização adequada, escovando os dentes no mínimo 4 vezes ao dia, principalmente após a ingestão de qualquer alimento, fazer uso do fio dental e se auto-examinar continuadamente conforme descrição acima citada;
5 - fazer alimentação balanceada e completa evitando fazer uso do açúcar em excesso (prevenção da cárie) e, principalmente, fora das refeições;
6 - procurar seu Dentista ou Médico em caso de aparecimento de qualquer lesão que não regrida no espaço de 7/14 dias;
Diagnóstico
A confirmação diagnóstica é feita através de biópsia.
Os Raios X podem ser úteis para averiguar o comprometimento de ossos como a mandíbula.






Atenção!







As fotos expostas a seguir são verdadeiras e podem chocar algumas pessoas.







Lesão precursora de câncer – Leucoplasia







Lesão precursora de câncer – Eritroplasia







Lesão escura





Lesão Labial





Câncer de Lábio





Câncer de Língua





Câncer de Língua



Câncer de Boca

O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra.
Fatores de Risco
Os fatores que podem levar ao câncer de boca são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas.
Sintomas
O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em duas semanas. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.
Prevenção e Diagnóstico Precoce
Homens e mulheres com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.
Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.
Exame Clínico da Boca
Deve-se considerar sua realização anual por profissional médico ou dentista, para indivíduos com alto risco para câncer de boca.
Tratamento
A cirurgia e/ou a radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos). As lesões iniciais são aquelas restritas ao seu local de origem e que não apresentam disseminação para gânglios linfáticos do pescoço ou para órgãos à distância. Mesmo lesões iniciais da cavidade oral, principalmente aquelas localizadas na língua e/ou assoalho de boca, podem apresentar disseminação subclínica para os gânglios linfáticos cervicais em 10% a 20% dos casos. Portanto, nestes casos, pode ser indicado o tratamento cirúrgico ou radioterápico eletivo do pescoço. Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, independentemente da radioterapia. Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos 'gânglios'), é indicado o esvaziamento cervical do lado comprometido. Nestes casos, o prognóstico é afetado negativamente. A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, que permitiu largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, ainda são grandes e o prognóstico dos casos, intermediário. A quimioterapia associada à radioterapia é empregada nos casos mais avançados, quando a cirurgia não é possível. O prognóstico, nestes casos, é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de se controlar totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Hipertensão grave, freqüentemente é associada a sintomas do sistema nervoso central, tais como visão turva, cefaléia ou alteração do estado mental.

Avaliação de Pulsos Radiais

- Radial
- Carotídeo
- Femoral
- Etc.

Contar por 60 segundos. O valor médio é 72 bat./min., variando de 60 a 100 bat./min.

Freqüência Respiratória

Contar por 60 segundos. Anotar qualquer alteração na qualidade respiratória como chiado, estridor ou dificuldade.

Parâmetros
Recém-nascido 40 – 45 resp./min.
Lactante 25 – 35 resp./min.
Adolescente 18 – 22 resp./min.
Adulto 16 – 20 resp./min

Temperatura

Deve ser tomada em qualquer paciente com suspeita de infecção. Com termômetro na boca ou axila.

Avaliação Laboratorial

Procedimentos cirúrgicos em nível de consultório apenas sob anestesia local

Hemograma completo

- Hemoglobina
- Hematócrito
- Leucometria
- Leucometria diferencial
- Taxa de glicose sérica em jejum
- HIV

Coagulograma

- Tempo de sangramento
- Tempo de coagulação
- Contagem plaquetária
- Tempo de protrombina (T.P.)
- Tempo de tromboplastina parcial (T.T.P)
- Prova do laço


Procedimentos cirúrgicos em nível hospitalar sob anestesia local e sedação venosa ou anestesia oral

Material Sangue

- Hemograma
- Uréia
- Glicose
- Creatinina
- Bilirrubina
- Coagulograma
- Tipagem sanguinea
- HIV
- Hepatite A e B

Material Urina

- Elementos anormais e sedimentos (E.A.S)

Radiografia de Tórax

- Incidência em P.A e perfil

Eletrocardiograma

- Risco cirúrgico

Exames Laboratoriais e sua significação

Hemograma
Para afastar as grandes anemias e leucopenias, assim como poliglobulias e leucocitoses. Os pequenos desvios são irrelevantes em relação ao ato cirúrgico.

> Hemoglobina (g/dl)
Quando reduzida pode ser indicativo de anemia e quando aumentada de policitemia
Valores normais:
Homens: 14 – 18
Mulheres: 12 – 16
Recém-nascidos: 16 – 19
Crianças: 11 – 16

> Hematócrito (%)
Indicativo de anemia quando reduzido e de policitemia, quando aumentado
Valores normais:
Homens: 40 – 54
Mulheres: 37 – 47
Recém-nascidos: 49 – 54
Crianças: 35 – 49

> Leucometria (células/mm³)
Indicativo de infecção bacteriana, doenças que destroem tecidos e de algumas leucemias, quando aumentada. Da anemia aplástica, mielossupressão induzida por medicamentos, viroses e da sepsia bacteriana maciça, quando reduzida.
Valores normais:
5.000 – 10.000 células/mm³

> Leucometria diferencial

-Neutrófilos (%)
Indicativo de infecções bacterianas, após hemorragia aguda, corticoterapia, quando aumentado. Quimioterapia de câncer, viroses, anemia aplástica e neutropenia clínica, quando reduzido.
Valores normais:
50 – 70 %

> Linfócitos (%)
Indicativo de viroses, como mononucleose, quando aumentado.
Valores normais:
30 – 40 %

> Monócitos (%)
Indicativo de infecções bacterianas como endocardite bacteriana subaguda, a tuberculose e a febre tifóide, quando aumentados.
Valores normais: 3 – 7 %

> Eosinófilos (%)
Indicativo de infecções parasitárias, doença de Hodgkin, carcinoma metastáticos , alergia, sarcoidose e doenças crônicas, quando aumentados
Valores normais: 0 – 5 %

> Basófilos (%)
Pouco ou nada concorrem os basófilos para a interpretação do quadro hematológico. Pode haver basofilia na leucemia mielóide crônica, varíola, varicela, doença de Hodgkin, injeção de proteína heteróloga, anemias hemolíticas crônicas e após esplenectomia.
Valores normais: 0 – 1 %

Distúrbios do Sangramento

> Contagem de Plaquetas (células/mm³)
Conferir redução na Trombocitopenia
Valores normais: 150.000 – 400.000 células/mm³

> Tempo de Sangramento
Indicativo de trombocitopenia, alterações qualitativas e quantitativas das plaquetas, tais como no uso prolongado de aspirina e na doença de Von Willebrand, quando aumentado.
Valores normais:
Método de Ivy: <> Tempo de Protrombina (T.P.)
Avalia os sistemas extrínseco e comum. Prolongado nas doenças hepáticas nas deficiências de fatores I, II, VI, VII e X e na terapia com anticoagulantes.
Valores normais: 11 segundos.

> Tempo de Tromboplastina Parcial (T.T.P.)
Na terapia de heparina e nas deficiências dos fatores VII, X, XI, XII (intrínseco) e do sistema comum estará prolongado.
Valores normais: 35 segundos.
Obs: Depende do controle laboratorial. Resultado expresso como relação teste/controle

Outros Exames Hematológicos

> Hematimetria
Exame indicativo de anemia, quando reduzido e de policitemia, quando aumentado.
Valores normais: 4 – 5 milhões de células/mm³

> Velocidade de Sedimentação das Hemácias
Quando aumentada, é indicativo de alterações com destruição tecidual, tais como traumatismos, infecções e lesões malignas
Valores normais:
Homens: <> Grupo Sangüíneo e Fator R.h.
Este exame deve ser sempre solicitado, por menor que seja a cirurgia. É importante se saber previamente o tipo sangüíneo do paciente do paciente, para confrontá-lo com as determinações realizadas açodadamente em casos de emergência ou pr sangramentos agudos durante a cirurgia.
Bioquímica do Sangue

> Glicose
Indicativo de Diabetes millitus, doença de Cushing, Acromegalia, estresse, elevação da liberação de epinefrina, quando aumentada. Reduzida nos tumores das Ilhotas pancreáticas, defeitos metabólicos, cirrose avançada, hepatite e nas doses elevadas de insulina.
Valores normais: 80 – 120 mg/dl

> Cálcio
Indicativo de hiperparatireoidismo e de tumores malignos do osso, quando aumentado
Valores normais: 8,8 – 10,5 mg/dl

> Fósforo
Indicativo de hipoparatireoidismo, quando aumentado, e reduzido hiperparatireoidismo, na deficiência de vitamina D e nas síndromes de má absorção.
Valores normais: 2,5 – 4,5 mg/dl

> Fosfatase Alcalina
Indicativa de hiperparatireoidismo, doença de Paget, doença hepática, tumores ósseos e osteogênese imperfeita, quando aumentada. Reduzida na hipofosfatasia, hipotireoidismo e na má nutrição.
Valores normais: 1,5 – 4,5 unidade Bodansky

> Transaminase Glutâmico- Oxalacética Sérica
Exame indicativo de destruição tecidual, quando aumentada especialmente no infarto do miocárdio e na hepatite. Encontrada no cérebro, no fígado, no coração, no músculo esquelético e no pâncreas.
Valores normais: 10 – 150 um/ml

> Transaminase Glutâmico Pirúvica Sérica
Indicativa hepatite, quando aumentada
Valores normais: 6 – 36 μm/ml

> Desidrogenase Láctica
Encontrada em muitos tecidos, incluindo coração, fígado, rim, células do sangue e da pele, quando aumentada, indica doenças teciduais distintivas.
Valores normais: 90 – 200 μm/ml

> Bilirrubina
Quando aumentado, este produto de desintegração das hemácias e da capacidade de excreção.
Valores normais: 0,8 mg/dl

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Doenças Infecciosas Bucais: Seu impacto sobre a Saúde 1

A concepção de que as doenças infecciosas bucais se limitam a produzir lesões nas estruturas contidas na cavidade bucal é bastante enraizado e dominante nos meios Odontológicos.
Como indicam algumas situações anteriores ocorridas em outras áreas de nossa profissão, esses conceitos empíricos que, de tanto serem repetidos, acabaram adquirindo foro de verdade comprovada. E com o passar do tempo converteu-se em mais um “Dogma de fé”.
Existem indícios científicos veementes de que as doenças bucais, têm condições de atuar como focos de disseminação de microorganismos patogênicos, com efeitos metastáticos sistêmicos, especialmente em pessoas com a saúde comprometida ou em idosos. Tudo indica que as doenças bucais possuem suficiente potencial para gerar desequilíbrio na homeostasia do organismo, comprometendo a saúde como um todo.
Este tema só foi objeto de verdadeira atenção na área de saúde quando um respeitado Médico Patologista inglês chamado William Hunter, criticou severamente os dentistas americanos por permitirem, a permanência de doenças infecciosas nos pacientes sem um tratamento adequado.
A partir de então, como conseqüência dos quadros infecciosos dos dentes despolpados, fez, desaparecer a terapêutica endodôntica. Impressionados com a denuncia muitos médicos começaram a pressionar os dentistas para que extraíssem os dentes com comprometimento pulpar e periodontal, que resultou em milhares de extrações intempestivas e desnecessárias.
É surpreendente que um assunto tão significativo tenha sido virtualmente abandonado pela odontologia, a possível relação entre a doenças infecciosas bucais e o aparecimento de condições patológicas sistêmicas.
Para explicar esse comportamento é a de que, tendo se livrado da incômoda acusação médica de não saber tratar as doenças infecciosas e suas decorrências.
A interligação dos quadros bucais com as doenças sistêmicas tem sido evidenciada em inúmeras investigações conduzidas nos últimos anos. Fica claro que os efeitos das doenças bucais para o organismo não são tão limitados e triviais como nos levaram acreditar.Portanto, além de produzir a conhecida lista de mazelas como dor, sofrimento, perda de produtividade (absenteísmo) no trabalho e na escola, gera uma legião de desdentados com severas limitações funcionais e sociais, as doenças bucais podem dar origem a diversas condições mórbidas que extrapolam a localização oral.
Existe no presente , uma respeitável messe de trabalhos científicos que sugerem a correlação de doenças infecciosas bucais – tais como periodontite e abscessos periapicais, entre outras, com diversas manifestações mórbidas e sistêmicas que incluem abscessos cerebrais, meningites crônicas e agudas, miocardites e endocardites bacterianas, infarto agudo do miocárdio, doenças oculares e de pele, tétano, entre outras.