quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quais são os recursos para a limpeza das próteses totais?


Muitos pacientes portadores de prótese total (P T) não a mantêm limpa. O resultado da má higiene é o acúmulo de placa e/ou de restos alimentares na superfície da prótese total e dos tecidos bucais (rebordo residual, palato, bochechas e língua).

A parte interna do aparelho protético é a região onde ocorre maior acúmulo de placa, que é o fator causal de várias patogenias bucais, como estomatites. É importante salientar que um bom polimento irá contribuir para a manutenção da limpeza da prótese, uma vez que os poros propiciam o depósito de resíduos.

O uso de agentes para limpeza das próteses é essencial para prevenir não só o acúmulo de placa, como também o mau odor e as alterações na estética, principalmente por adesão de pigmentos. Existe no mercado internacional um grande número de soluções, cremes dentais, pós, escovas e aparelhos para auxiliar na higienização das próteses. Porém, no Brasil, não existe tanta diversidade desses produtos.

Quanto ao seu efeito, esses agentes se dividem em: limpadores químicos e mecânicos. Os agentes de limpeza deveriam, idealmente, remover depósitos de substâncias orgânicas e inorgânicas das PTs, conter propriedades bactericidas e fungicidas e ser de baixo custo, para estimular seu uso contínuo.

A escova é o agente mecânico mais utilizado. Deve-se dar preferência à utilização de escovas com formato adequado e tipos de cerdas desenvolvidos especificamente para a higiene de dentaduras. É importante salientar que pacientes portadores de prolapso de válvula mitral, pacientes anteriormente submetidos a cirurgia cardiovascular, pacientes imunodeprimidos (pós-transplantados, esplenectomizados, submetidos a quimioterapia) ou imunossuprimidos (com AIDS) devem receber orientação especialmente rigorosa e detalhada, em que se deve incluir uma troca mais freqüente das escovas, a fim de diminuir o número de microorganismos acumulados nas mesmas, dado o risco maior de complicações infecciosas sistêmicas (endocardites bacterianas).

O uso de aparelhos ultra-sônicos também é eficaz como coadjuvante. Dentre os agentes químicos, o hipoclorito de sódio foi uma das primeiras soluções a ser utilizada, devido à sua capacidade de remover pigmentos e por seu poder bactericida e fungicida. Contudo, a grande desvantagem é que essa substância pode provocar clareamento da resina acrílica, dependendo da sua concentração e do tempo de imersão.

Quanto aos cremes dentais, os de baixo índice de abrasividade são mais indicados, pois mantêm a integridade das próteses. O uso de peróxidos em forma de pastilhas ou pós reduz ou elimina a colonização dos Streptococcus mutans, mas não inibe a colonização da Candida albicans, e alguns são contra-indicados para próteses que tenham sido reembasadas com material resiliente.

Destacam-se ainda, como soluções de limpeza, o bicarbonato de sódio e o perborato de sódio, sendo esse último comercializado no mercado nacional em forma de sachê. O paciente deve ser bem orientado quanto ao uso dos agentes de limpeza adequados para a prótese. Toda essa orientação deve ser, tanto quanto possível, personalizada e dimensionada para a compreensão do paciente (e familiares), no sentido de se evitar, por exemplo, o uso de bochechos com substâncias apropriadas para a limpeza das próteses, o que poderia causar sérios danos teciduais locais.

Assim sendo, na cavidade bucal, usar líquidos adstringentes suaves ou anti-sépticos bucais após a escovação de toda mucosa coberta pela dentadura e da língua. Isso sempre depois de cada refeição. Alguns autores relatam que o uso de prótese somente durante o dia é melhor do que de dia e de noite, principalmente os casos de pacientes portadores de sobredentaduras (''overdentures'') ou que possuam dentes no arco antagonista. Em seus trabalhos, mostram que a redução do risco de cáries e doenças periodontais é significativamente maior nos pacientes que permanecem com a prótese somente no decorrer do dia.

Cabe ao paciente manter a higiene bucal na rotina diária. Cabe ao Cirurgião-Dentista instruir o paciente sobre os recursos dessa higiene. Assim, o profissional estará indo ao encontro do objetivo de uma odontologia preventiva com otimização do trabalho executado.

A Amamentação e a Odontologia


A amamentação tem sido incentivada por ser o leite materno não só o alimento mais completo e digestivo para crianças de até um ano de idade, como também por ter ação imunizantes, protegendo-as de diversas doenças. Crianças aleitadas no peito tem melhor desenvolvimento mental e maior equilíbrio emocional. A amamentação é gratificante para a mãe e interfere beneficamente na saúde da mulher, por exemplo, diminuindo a probabilidade de câncer de mama, ajudando na involução do útero e na depressão pós-parto. Hoje, diz-se que o leite materno é ecologicamente correto, pois não consome recursos naturais em sua produção e não gera lixo como ocorre com os leites artificiais, além de ser mais barato.

Porém, poucos sabem que a amamentação tem reflexos futuros na fala, respiração e dentição da criança.
Um exercício muito importante
Quando a criança é amamentada, está não só sendo alimentada, como também fazendo um exercício físico importante para desenvolver sua ossatura e musculatura bucal. Ao nascer, o bebê tem o maxilar inferior muito pequeno, que irá alcançar equilíbrio no tamanho em relação ao maxilar superior tendo seu crescimento estimulado pela sucção do peito. Toda a musculatura bucal é desenvolvida, músculos externos e internos, que, solicitados, desenvolvem os ossos.

Mamar no peito não é fácil, daí o bebê ficar bastante transpirado. Esse exercício é o responsável inicial no crescimento harmonioso da face e dentição. Usando mamadeira, esse exercício é quase inexistente, e a preferência do nenê pela mamadeira vem da facilidade com a qual ela ganha o leite, principalmente quando este flui por um furo generoso no bico. Para exercitar-se com maior eficiência, a posição durante a mamada é importante: a criança deverá ficar o mais verticalizada, o que também facilita a deglutição do leite.
Uma atitude na tentativa de evitar apinhamento dental (dentes ‘’encavalados’’)
Maxilares melhor desenvolvidos propiciarão um melhor alinhamento da dentição, diminuindo a necessidade futura de aparelhos ortodônticos. Músculos firmes ajudarão na fala. Durante a amamentação, aprende-se respirar corretamente pelo nariz, evitando amigdalite, pneumonia, entre outras doenças. Quando a criança respira pela boca, os dentes ressecados ficam mais expostos à cárie e as gengivas ficam inflamadas, os maxilares tendem a sofrer deformações e os dentes, a ficar ‘’encavalados’’, aumentando também o processo de cárie.
A amamentação prepara o bebê para a mastigação
A mamadeira costuma tornar-se uma companheira para a criança ao longo de anos, habituando-a a uma dieta mole e adocicada, que aumenta o risco de cárie (cárie de mamadeira); a criança tende a recusar alimentos que requeiram mastigação. Depois da amamentação, a mastigação. Depois da amamentação, a mastigação correta continuará a tarefa de exercitar ossos e músculos. A amamentação prepara a criança para a mastigação. Muitas mães reclamam que seus filhos, já crescidos, não mastigam corretamente e recusam verduras e frutas, apreciando apenas doces e iogurtes. Esquecem-se essas mães de que o que os habitou a essa dieta foi o uso prolongado de mamadeira. Mastigação incorreta pode levar também a problemas de obesidade e de estômago.
Evitando hábitos prejudiciais.
Atrelada à mamadeira, vem a chupeta, que também é usada normalmente por muito tempo, e o hábito de chupar o dedo, afetando o posicionamento dos dentes e trazendo também conseqüências danosa à fala e à respiração.
Abandono a mamadeira
A partir dos quatro meses, quando a mãe lentamente começar a introduzir outros alimentos (desmame), deverá fazê-lo usando apenas copos e colheres, evitando uso de mamadeira ou ‘’chuquinha’’.
Prevenindo a cárie
A primeira consulta odontológica de uma criança deveria ser antes do nascimento de seu primeiro dentinho; nesse primeiro encontro, a odontopediatra orientaria a respeito da higienização, dieta e como proceder quando os dentes começarem a irromper e a incomodar o bebê. Entre outras coisas, aconselharia os pais a acostumarem-se a levar seus bebês ao dentista, assim como os levam ao pediatra, no sentido de se poder acompanhar de perto o desenvolvimento destes na tentativa da erradicação da doença cárie.
fonte: Revista APCD

Como Usar o Fio Dental




1- Pegue um pedaço de 45 cm de fio dental, enrole as pontas em volta dos dedos médios e estique.Controle os movimentos do fio dental com o dedão.








2-Devagar e com cuidado, passe o fio dental entre os dentes , indo para cima e para baixo.






3-Use um pedaço limpo de fio dental para cada dente.




4-Para aprender rapidinho, peça a ajuda de um adulto ou Cirurgião-Dentista.

Sistema de Prevenção

Esse sistema visa combater a principal causa da cárie e das doenças periodontais que é a placa bacteriana, que se forma pelo acúmulo de alimentos e a degradação do mesmo.

A degradação dos alimentos fornece a nutrição para os microorganismos que se organizam nas superfícies dentárias e tecidos moles da boca formando a placa bacteriana. Nas superfícies dentárias essa placa bacteriana libera subprodutos que causam a desmineralização dos dentes que é o início da cárie. Essa degradação de alimentos também é, na maioria dos casos, uma das principais causas do mau hálito pelo seu odor forte.

A prevenção hoje é a base da odontologia, buscando sempre evitar a perda dos tecidos dentários e principalmente do elemento dentário. Apesar de toda a evolução da odontologia e de seus materiais, nenhum material substitui perfeitamente o dente e seus tecidos perdidos.

Quanto mais a cárie e os outros processos patológicos evoluem, mais complexos serão os procedimentos, maiores serão os custos e os prognósticos mais incertos.
Quando iniciar a prevenção?
Idealmente a prevenção deve ser iniciada por volta dos seis meses de vida do recém nascido para ser iniciada as instruções de como prevenir a cárie e o que pode ser feito para os dentes “nascerem” da melhor forma possível. Instruções também sobre a dieta, como higienizar a boca do recém nascido e da criança, quando começar a usar a escova de dente, a pasta dentária e o flúor.

Papel fundamental da prevenção também é a conscientização das gestantes do que pode ser maléfico à dentição de seus filhos e os hábitos que podem ser deletérios para o crescimento e desenvolvimento crâniofacial e da dentição.

O sistema preventivo da Perfil, busca a melhoria das condições bucais do paciente e para isso os pontos essenciais são as técnicas de higienização (para limpar as superfícies dentárias, eliminando a placa bacteriana, fortalecendo o esmalte e deixando sabor refrescante na boca) e a conscientização do paciente.
Este sistema é composto de:
- Exame clínico e documentação do paciente.
- Profilaxia do paciente.
- Ensino da escovação e uso do fio dental, além da escovação supervisionada na clínica.
- Gráfico de desempenho e evolução do paciente com controle do número de cáries em longo prazo.
- Instrução da dieta e conscientização de que uma dieta balanceada é importante tanto para a saúde bucal quanto para a saúde de um modo geral.
- Uso racional do flúor.
- Profilaxia semestral.
Com esses passos o sistema atua em dois sentidos:
· Educação do paciente quanto à saúde bucal, sobre o que é benéfico e o que é maléfico para a mesma. É o desenvolvimento no próprio paciente da sua conscientização sobre a importância dos seus dentes buscando atitudes para a mudança de seu comportamento.

· Fase preventiva propriamente dita, na qual uma equipe de profissionais utiliza as técnicas da odontologia a favor da saúde do paciente.

Essa é a preocupação do Cirurgião-Dentista, ou seja, o bem estar físico e mental do paciente, ajudando a população a ter uma melhoria na qualidade de vida de acordo com o aumento da expectativa de vida que a população atinge.
Fio dental - é utilizado para remover a placa entre os dentes onde a escova não alcança, sendo uma região de grande acúmulo de placa bacteriana.
Pasta dentária - Age como um detergente bucal para limpeza, dissolvendo e eliminando a terrível placa bacteriana. Também possui flúor.
Escova de dente - Age pela limpeza mecânica dos dentes. A escova ideal deve possuir cabeça pequena, cerdas de nylon arredondadas e macias e com cabo reto anatômico.
Flúor - Substância que complementa a higiene bucal fortalecendo os dentes. O ideal é usa-lo antes de dormir para auxiliar a saliva a repor os minerais que existem no esmalte dos dentes.
Higienização
O melhor método preventivo é a higiene bucal diária e completa após cada refeição combatendo a placa bacteriana. Esse processo deve ser feito ao amanhecer, depois das refeições, depois das guloseimas ou lanches e antes de dormir. A consulta ao seu Cirurgião-dentista semestralmente também é essencial para uma limpeza bucal completa.
fonte: Dr. Rodrigo Piozzi

Orientação Sobre Bruxismo


Apertar ou ranger os dentes durante o sono é como o bruxismo é conhecido popularmente. Esse termo é derivado do frânces “la bruxomanie”, primeiramente utilizado por Marie & Pietkiewicz em 1907. E, de acordo com a definição da Associação Americana das Desordens do Sono, o bruxismo é um tipo de movimento periódico estereotipado mandibular.


Esse hábito parafuncional é de ocorrência comum, podendo ser observado em todas as faixas etárias, com prevalência semelhante em ambos os sexos. Sua característica principal é o desgaste dentário, que pode acometer inicialmente apenas o esmalte dos dentes podendo evoluir até o desgaste de metade da altura dos dentes(Foto). Outra característica que pode ser notada, além do desgaste dentário, é a dor muscular da articulação temporomandibular (ATM), dores de cabeça podendo até atingir o ouvido, dor muscular facial relacionados aos músculos mastigatórios e dor generalizada(ver ilustração). É interessante notar que essas dores musculares são intensas ao acordar (devido ao esforço realizado pelos músculos durante o bruxismo noturno) e gradualmente vão diminuindo durante o dia.

Até o presente momento, a causa ainda não está determinada. Apesar disso, alguns estudos indicam como possíveis fatores etiológicos(causas) a tensão emocional, agressão reprimida, medo, raiva (RUGH & OHRBACH, 1988), alergias (MARKS, 1980), consumo de bebidas gasosas (MILOSEVIC et al., 1997), certas posições adotadas para dormir, como deitar com a mão entre o rosto e o travesseiro pode forçar e mudar a posição da mandíbula(Foto)(COLQUITT, 1987) e desarmonias oclusais (ARESO et al., 1999).

A terapia atual é conservadora e reversível, uma vez que a cura permanente do bruxismo é ainda desconhecida. Não há um método de tratamento conhecido para eliminar permanentemente o bruxismo; apesar disto, a forma de terapia empregada para o alívio dos sinais e sintomas de dores musculares e ATM associados ao bruxismo é a utilização de placas interoclusais(Foto) para dormir. As placas interoclusais reduzem a atividade eletromiográfica noturna dos músculos logo após sua inserção, além de protegerem os dentes do desgaste provocado por esse hábito parafuncional.



fonte: Kleber Fioretto

Cuidados Com os Dentes de Leite

"Quando nascem os dentes de leite?

Por volta do sexto mês, mas pode haver antecipação para o terceiro ou quarto mês. Geralmente, a dentição do bebê completa-se entre o vigésimo quarto e o trigésimo sexto mês.
O Bebê sente dor quando nascem os dentes de leite?
O surgimento dos dentes é uma ocorrência natural, portanto não provoca dor, nem sangramento. Entretanto, alguns sintomas podem aparecer: aumento da saliva devido à maturação das glândulas salivares e à dificuldade que o bebê tem de engolir a saliva produzida; diarréia, em conseqüência de distúrbio gastrointestinal causado pela contaminação através de objetos levados à boca pelo bebê e sucção dos dedos, principalmente em condições de higiene inadequada; febre “baixa e passageira”, provocada por substâncias que regulam a temperatura corpórea, liberadas durante o rompimento da gengiva; irritação local provocada pela pressa dos dentes na gengiva (não requerendo medicação alguma).

Os mordedores ajudam na irupção dos dentes?
Existem mordedores macios que contêm um gel no seu interior e que devem ser mantidos na geladeira. Esses mordedores, quando utilizados pelo bebê, aliviam a irritação da gengiva causada pela pressão dos dentes em erupção. Se eventualmente a irritação for grande, um anestésico tópico não irritante – aplicado 3 a 4 vezes por dia – também pode dar alívio temporário, desde que prescrito corretamente, já que ele pode ser tóxico, e sua absorção é rápida.

É necessário escovar os dentinhos do Bebê?
Sim. É importante fazer a higienização mesmo antes da erupção dos primeiros dentinhos. Para tanto, pode ser usada uma dedeira ou gaze embebida em água filtrada que deve ser esfregada delicadamente na gengiva. Após a erupção dos primeiros dentinhos, uma escova com cerdas reduzidas e macias deve ser usada, principalmente após as refeições.

O Bebê pode usar creme dental?
Quando erupcionam os primeiros dentinhos, pode-se utilizar escova de dentes somente molhada em água. Quando o bebê estiver com um maior número, o creme dental deve ser usado em pequena quantidade, o equivalente a um grão de ervilha ou até menos, visto que os bebês engolem cerca de 70% do creme dental durante a escovação; como o creme dental contém flúor, o excesso ingerido pode provocar fluorose, alterando a cor dos dentes.

E se o bebê não deixar escovar os dentes?
A mãe precisa ter paciência e tentar transformar a escovação em uma brincadeira divertida. Usar uma escova colorida ou cantar musiquinhas acompanhando os movimentos da escova pode ajudar. É interessante que o bebê a veja escovando seus próprios dentes.

Que tipo de mamadeira usar para os bebês que não podem ser amamentados no peito?
Existem mamadeiras que possuem bicos muito semelhante ao seio materno e garantem o bom posicionamento da língua durante o aleitamento. O furinho do bico deve ser estreito para forçar o bebê a sugar, o que estimula a musculatura e o crescimento da mandíbula. A posição em que o bebê toma sua mamadeira também é importante: ele deve estar inclinado e nunca completamente deitado.

A mamadeira e a chupeta podem alterar o posicionamento dos dentinhos do bebê?
Todo hábito quando prolongado prejudica o posicionamento da língua e a musculatura bucal. Deve ser planejado eliminar da rotina do bebê a chupeta e a mamadeira o mais cedo possível, até no máximo por volta dos três anos.

Antibióticos prejudicam a dentição?
Depende. Todo antibiótico ou medicamento, quando administrado, deve estar em dose adequada e sob supervisão médica e/ou odontológica.

Os Bebês podem ter cáries?
Sim o hábito de ser amamentado ou alimentado com mamadeiras com leite, chá ou qualquer líquido contendo açúcar ou mel durante o sono, principalmente à noite, pode provocar cárie de mamadeira ou de aparecimento precoce. Se não houver higienização nesse período, esse tipo de cárie acomete os dentes rapidamente, pois, durante o sono o fluxo salivar diminui. Os primeiros sinais da cárie de mamadeira constituem manchas brancas e opacas que muitas vezes passam desapercebidas pelos pais.

Quando deve ser a primeira consulta do Bebê ao dentista?
A primeira deve ser feita antes mesmo do aparecimento dos primeiros dentes. Uma consulta agradável, em ambiente amistoso, ajudará o estabelecimento de um vínculo afetivo com o dentista; também é importante um programa de educação e medidas preventivas que evitem o aparecimento de cáries e doenças gengivais.



fonte: Revista da APCD

Saúde Bucal Durante a Gravidez



Durante a gravidez, é importante lembrar que o corpo da mãe é a única fonte de nutrição para o crescimento do feto e que os dentes de leite começam a se formar a partir da 6ª semana após a concepção.

Alimentos ricos em cálcio e fósforo são especialmente benéficos durante a gravidez. A mãe deverá aumentar a ingestão de queijo, leite e peixe e substituir alimentos com alto teor de açúcar por frutas e vegetais frescos.
Alimentos açucarados devem ser evitados, porque, por volta do 4º mês de gravidez, começa a se desenvolver o paladar do bebê e, se a futura mamãe consumir muito açúcar, o bebê provavelmente irá gostar muito de doces.
A gravidez causa flutuações hormonais que podem aumentar a sensibilidade das gengivas, ocasionando doenças nas mesmas.
Ao notar que está grávida, a mulher deve informar seu dentista e manter as visitas regulares. Sempre que possível, evitar o uso do raio X (apesar da exposição ao raio x odontológico ser muito pequeno).
A rotina de escovação, uso do fio dental, enxaguatório bucal sem álcool e creme dental com flúor deverão ter atenção redobrada nesta época.


fonte: Kleber Fioretto

Dentes de Leite: Mitos e Verdades

Um dos aspectos do desenvolvimento infantil que ocasiona algumas dúvidas, entre os pais, é o período no qual irrompem os primeiros dentes decíduos. Muitas incertezas acerca desse período de transição pelo qual a criança passa são comuns entre a grande maioria da população. Boa parte dos pais nos relatam que, no período próximo à erupção dentária, seus filhos apresentam alterações significativas no comportamento. Alterações essas, que variam desde uma leve inquietação à inapetência e estados febris. Diante desse fato, inúmeras são as receitas caseiras e, numerosas as simpatias, que visam tornar menos sintomático para a criança e mais reconfortante para os pais o processo fisiológico da erupção dentária.

A dentição decídua começa a desenvolver-se intra-uterinamente e, 6 meses após o nascimento, em média, inicia-se o processo de erupção (irrompimento) dos dentes decíduos, os chamados "dentes de leite". A partir dessa época, até, aproximadamente, 24-30 meses de idade, período no qual irrompem os últimos dentes decíduos, algumas alterações são observadas na criança tanto fisiológicas quanto comportamentais.

Inicialmente, as primeiras mudanças são sentidas pelos pais, sendo muito comum, no consultório, relatarem-nos alterações no comportamento do filho no tocante à perda de apetite, choro insistente, e, aparentemente sem motivo, maior irritabilidade, inquietação durante o dia, intensificação do hábito de chupar o dedo, aumento da salivação, dentre outros. De uma forma geral, a esses sinais e sintomas , soma-se uma maior preocupação dos pais quanto a saúde da criança, ocasionando maior desgaste psicológico, bem como tornam-se mais freqüentes as visitas ao pediatra.

Nessa fase, a criança procura levar à boca, praticamente, todos aqueles objetos com os quais ela tem contato. E, muitas vezes, essa ação faz com que objetos "sujos", ou, por assim dizer, contaminados, ou até mesmo as próprias mãos e dedos sejam introduzidos na cavidade oral de forma sistemática. Dessa maneira, cria-se um ambiente propício à entrada de microorganismos, os quais poderíamos chamar de "oportunistas", que poderão levar ao surgimento de infecções intestinais (diarréia) e febre, gerando um quadro clínico de maior gravidade.

Outro ponto importante a ser abordado, quando falamos sobre erupção dentária, refere-se aos produtos comerciais "milagrosos", especialmente àqueles indicados para serem passados ou friccionados por sobre a gengiva da criança, prometendo alívio imediato dos sintomas e que, por falta de orientação, ou por uma orientação incorreta, os pais são levados a adquiri-los. É preciso cautela quanto à utilização de tais medicamentos, sendo imprescindível que tanto o pediatra quanto o odontopediatra orientem corretamente os pais quanto aos perigos da auto-medicação, mesmo que esses produtos, aparentemente, mostrem-se "comercialmente" como "inofensivos" à saúde. Nesse aspecto, cabe a esses profissionais a prescrição, se necessária, de algum medicamento tópico, com o único intuito de minimizar a sintomatologia.

Portanto, é importante fornecer informações corretas aos pais quanto à adoção de um número maior de medidas de higiene, no que diz respeito àqueles brinquedos ou objetos que fazem parte da rotina da criança, bem como, conscientizá-los, e, principalmente, tranquilizá-los, pois as alterações observadas são comuns a este período, em particular, do crescimento e desenvolvimento infantis, já que a erupção dentária é um processo fisiológico normal, e que, terminado esse período, a criança tende a voltar à "normalidade".

Placa Bacteriana

- O que é?
A placa bacteriana é um acúmulo de bactérias que se depositam sobre o dente. Ela se forma quando não há uma higienização correta dos dentes.

- Sintomas
Quando ficamos sem escovar os dentes por alguma horas já podemos sentir, com a própria língua, uma camada diferente sobre os dentes. Isso é a placa bacteriana.

- O que acontece quando não se remove a placa?
A presença da placa bacteriana é a responsável pelo processo que causará cárie, gengivite, periodontite, mau hálito, entre outras.

- Como evitar?
A correta escovação e o uso do fio dental removem a placa bacteriana. Existem alguns agentes químicos que conseguem remover a placa, mas isso só deve ser utilizado em alguns casos, com indicação do dentista ou do médico.

fonte: Kleber Fioretto

Irrupção dos Dentes

A irrupção (nascimento) dos dentes pode levar o bebê a rejeitar alimentos, ter um sono inquieto, começar a babar devido ao aumento da salivação e levar constantemente as mãos e outros objetos à boca. A irrupção pode fazê-lo chorar sem motivo aparente e associar-se ainda a outros sintomas como febre, irritabilidade, congestão, entre outros. A irrupção também pode ocorrer ao mesmo tempo que uma gripe ou outra doença; por isso, na dúvida, sempre consulte o pediatra para se ter certeza da saúde do bebê.
A boca se desenvolve de forma diferente em cada criança, mas, geralmente, o primeiro dente de leite aparece por volta dos 6 meses. Normalmente até os 3 anos de idade todos os vinte dentes de leite já nasceram. Os dentes permanentes começam a aparecer ao redor dos 6 anos, quando o 1º molar permanente (molar dos 6 anos) cresce atrás do último molar infantil.
Observe a falta de coloração ou inchaço das gengivas e peça ao dentista maiores informações sobre produtos de uso local, mordedores ou outras maneiras de aliviar o desconforto do bebê. Chupar o dedo é um hábito comum e é seguro para crianças pequenas. Entretanto, uma vez nascidos os dentes de leite, este hábito não deve continuar porque pode causar uma má oclusão.
fonte: Kleber Fioretto

Como Escovar os dentes da maneira correta.

ESCOVAR OS DENTES DE MANEIRA INCORRETA PODE CAUSAR DANOS À GENGIVA E AOS PRÓPRIOS DENTES. ESCOVE CORRETAMENTE!



As cerdas devem ser posicionadas na horizontal ao longo da linha da gengiva numa inclinação de 45° mantendo contato tanto com a superfície da gengiva como a superfície do dente. Execute movimentos suaves de "pentear", sempre no sentido gengiva-dente em ambas as faces.Faça a escovação da arcada superior do lado direito para o esquerdo e da arcada inferior do esquerdo para o direito tendo assim a certeza que não esqueceu de nenhum dente.









Nas faces oclusais dos dentes posteriores posicione as cerdas contra a superficie de mastigação fazendo movimentos para a frente e para trás.O tempo de duração recomendado para uma completa escovação é de 2 a 3 minutos.








A escova de dentes deve ser trocada após um resfriado, gripe ou qualquer doença contagiosa, ou se ela estiver com cerdas gastas ou tortas ou ainda regularmente a cada 3 ou 4 meses.Escove seus dentes sempre após as refeições.














fonte: Perfil


































Consulta Odontológica: não deveríamos nem estar discutindo, quanto mais não cobrando

Por Beatriz Helena Sottile França
Profa. Doutora da PUC-PR, UTP e UFPRNa

"Odontologia têm-se tipos diversos de consultas: a consulta clínica odontológica que se constitui além de um trabalho intelectual, também técnico e manual, e a consulta odontológica que é essencialmente intelectual e quem nem sempre precisa ser acompanhada de exame clínico. Para que um cirurgião-dentista tenha o direito à cobrança de honorários de uma consulta, basta que ele disponha os seus conhecimentos a quem solicite.
Tanto já se discutiu sobre cobrar ou não cobrar consulta clínica odontológica, e cuja discussão me parece um absurdo, mas, como todos os dias se ouve e se lê colegas cirurgiões-dentistas propagando a sua não cobrança, vale a pena rediscutir o tema.
Não cobrar uma consulta clínica odontológica é não valorizar o seu trabalho e mais do que isto, não exercer um direito que lhe é dado pela legislação.
Dispõe o Código Civil Brasileiro (Lei no 10.406, de 10 de Janeiro de 2002) – CAPÍTULO VII
– Da Prestação de Serviço. Art. 594 – Toda espécie de serviço e trabalho lícito, material ou imagem, pode ser contratado mediante remuneração.
Todo aquele que presta um serviço tem o direito garantido por lei à contraprestação pecuniária. Os honorários profissionais são uma forma diferencial de pagamento a que fazem jus os profissionais liberais autônomos pelos serviços que prestam.
Além disso, a lei no 5.081 de 24 de agosto de 1966, que regulamenta o exercício da Odontologia no Território Nacional, proíbe o profissional de prestar serviço gratuito, como se lê no artigo Art. 7º – É VEDADO AO CIRURGIÃO-DENTISTA: e) a prestação de serviço gratuito em consultórios particulares;
Não bastasse a Lei proibindo, o Código de Ética Odontológica condena a prestação de serviço gratuito por considerá-la concorrência desleal.
CAPÍTULO VII – DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS
Art. 12 - Constitui infração ética:
I – oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los adequadamente;
E o mesmo Código, dispõe na:
Seção I – DO ANÚNCIO, DA PROPAGANDA E DA PUBLICIDADE
Art. 34 - Constitui infração ética:
XI – “oferecer trabalho gratuito com intenção de autopromoção...”;
O que se observa, é que se está consolidando no exercício da profissão odontológica o costume de não se cobrar a consulta clínica. Tanto isto é verdade, que já temos ação na justiça impetrada por paciente que se sentiu aviltado porque o profissional lhe cobrou. Pior que isso, o profissional se sentiu muito mal quando ao comentar com colegas o ocorrido, ouviu destes comentários condenando-o por tê-lo feito. Mais ainda, ficou injuriado o profissional ao buscar os serviços de um advogado, e ouvir deste que não valeria a pena discutir o assunto, que o melhor seria devolver o que o autor da ação estava pedindo: a restituição do valor cobrado, em dobro.
Infelizmente, mais do que atitude da concorrência desleal, a não cobrança da consulta odontológica é desvalorização da profissão pelos próprios profissionais que a exercem.
O titulo que se conquista estudando durante metade de nossas vidas é o de cirurgião-dentista, e não como tantos se autodenominam “dentistas”. Cirurgiões-Dentistas porque diagnosticamos e procedemos, tal qual os médicos cirurgiões, e estes não deixam nunca de cobrar a consulta mesmo que não realizem a cirurgia.
Não cobrar a consulta clínica é educar de modo errado a população. É fazê-la entender que a nossa profissão é somente técnica sem ciência, é fazê-la nos ver não como profissionais de saúde que somos, mas “mecânicos da boca”, cujos profissionais ainda fazem “orçamento” e não previsão de custos.
Educar a população quanto ao valor da saúde bucal é dever de todo cirurgião-dentista, e fazê-la reconhecer a importância deste profissional no contexto social também, e estes são aspectos muito próprios de uma consulta inicial de um atendimento odontológico. A saúde é um bem muito precioso e da qual o cirurgião-dentista cuida com o seu conhecimento.
Se, já no início do atendimento do paciente, o profissional não valoriza o seu trabalho, como quer conseguir valorizar os procedimentos que virão num segundo momento? Mais ainda, como querem os cirurgiões-dentistas que os planos, convênios e credenciamentos valorizem o seu trabalho, se estes mesmos não o fazem?
Sabe-se que a jurisprudência é fonte do Direito. O risco que se corre é o de se ter uma sentença judicial declarando que não é costume o cirurgião-dentista cobrar consulta.
É de se pensar seriamente, e de se mudar de atitude antes que seja tarde demais."
Texto publicado originalmente na Revista Clínica de Ortodontia Dental Press e posteriormente publicada na Revista Gazeta – Jornal Oficial da ABOR

fonte: Revista Gazeta – Jornal Oficial da ABOR

Expressões errôneas utilizadas na Odontologia

"A seguir, algumas expressões utilizadas na Odontologia de forma inadequada:
Bruxismo: em Odontologia, costuma-se definir como a ação de ranger os dentes durante o sono. Vem de “bruxomania”, que é uma adaptação irregular do grego brýchein, “ranger os dentes”. O termo mais adequado para o caso seria “frendente” (que frende, que range os dentes).
Limpeza de tártaro: expressão errônea utilizada pelos que praticam a periodontia. Limpar o tártaro de um dente é como se usasse escovas ou instrumentos e limpasse aquele tártaro que estivesse aderido ao dente. Ninguém limpa o tártaro se limpa o dente. O tártaro é removido e a expressão correta é “remoção de tártaro”.
Tratamento: esta é uma palavra que é copiosamente escrita de forma errônea, não só na Odontologia, como em todas as ciências da saúde. No artigo da autora Viviane Freire Martins, o ilustre professor Luiz Soares Vianna recomenda o uso de “tratar a lesão cariosa, tratar a lesão pulpar, tratar a lesão gengival, etc...”. Que me perdoe o renomado professor, mas ninguém trata de doença; trata de paciente com doença. Se uma paciente tem uma lesão pulpar, nós tratamos o paciente com a lesão pulpar, e não a lesão pulpar. O objetivo principal de tudo isso é curar aquele paciente daquela lesão pulpar.
Tratamento Ortodôntico: expressão costumeira usada em Odontologia, particularmente por aqueles que praticam a Ortodontia. A palavra “ortodôntico” jamais deveria vir agregada à tratamento. Tenho certeza que ninguém jamais ouviu a expressão “tratamento radiológico”, no entanto, essa modalidade de submeter o paciente a uma radiografia existe. Tenho certeza que ninguém jamais ouviu a expressão “tratamento anestésico”, todavia, essa modalidade de submeter o paciente à uma anestesia existe. Primeiro devemos levar em conta que “ortodôntico” não é doença e não existe paciente com a doença “ortodôntico”. O mais certo e correto para o caso, seria usar a expressão “procedimento ortodôntico” ou “correção ortodôntica”, em vez de tratamento ortodôntico.Do mesmo modo, as expressões “tratamento dentário”, “tratamento restaurador”, “tratamento cirúrgico”, são usados dentro da Odontologia, o que é errado. Correto seria dizer “procedimento restaurador”, “procedimento cirúrgico”.
Tratamento Preventivo: como se não bastasse, criaram a figura de um “tratamento preventivo”, ou seja, inventaram um tipo de tratamento para uma doença que ainda nem foi instalada. Como é tratar preventivamente um paciente que ainda nem teve a doença? O mais sensato seria usar o termo “medidas preventivas”, “medidas profiláticas” ou “medidas preservativas”, etc...
Bordo Gengival: quem não ouviu falar da expressão “bordo gengival”? A palavra “bordo” está relacionada à linguagem náutica (embarcação, navio, etc... – “a bordo” = dentro da embarcação). Em apenas um caso, “bordo” é usado como margem, que é em Botânica (“bordo foliar” = margem da folha). O certo seria “borda gengival” que corresponderia à extremidade da superfície da gengiva.
ACD – Atendente de Consultório Dentário: não é só uma expressão, é uma profissão (Pasmem! Legalmente criada pelo Conselho Federal de Odontologia e prestes a ser regulamentada pelo Conselho Nacional). Vemos aí dois erros graves: o primeiro é a palavra “dentário” inserida erroneamente na profissão; “dentário” relaciona-se a dente e tenho certeza que a profissão não está relacionada a dente; segundo, a expressão “atendente”, no sentido de “dar atenção à” quer dizer prestar serviço; servir, aviar. A profissão não serve ao consultório, e sim ao profissional. Porque não adequar a profissão para “APO – Auxiliar do Profissional da Odontologia” ou “ACD – Auxiliar do Cirurgião-Dentista”? Seria um profissional que auxiliaria o Cirurgião-Dentista em seu consultório, agendando consultas, preparando materiais, etc..."
Texto: Edival Toscano Varandas (João Pessoa - PB)