Antes de discutir o papel da dieta, é importante definir certos termos. Dieta se refere à ingestão de alimentos e bebidas realizada por qualquer pessoa diariamente. Conseqüentemente, a dieta pode exercer um efeito local na boca, causando a carie através da sua reação com a superfície do esmalte e servindo como substrato para os microorganismos cariogênicos. Nutrição diz respeito à assimilação dos alimentos e o seu efeito sobre os processos metabólicos do organismo.
Nutrição e dieta
Sua influencia na dentição
A dieta ocupa uma posição central no desenvolvimento da cárie, pois o diário e freqüente consumo de carboidratos alcança a cariogenicidade, ou seja, indivíduo com grande susceptibilidade à doença cárie, tendo efeitos locais (metabolismo da placa – produção de ácidos, que associados a queda do pH causam a cárie) e efeitos sistêmicos. A nutrição trata de elementos participantes da dieta e metabolizados no organismo.
É importante lembrar que os gens, também determinam a pré-disposição do homem a adquirir a doença cárie. Ou seja: pais com grande incidência de cárie, doença periodontal e etc, que não se preocupam em deter os processos destrutivos das doenças, não se previnem e não cuidam, tem uma maior probabilidade de transmitirem isso através do gens para seus filhos. Portanto, geneticamente falando, essa pré disposição as doenças da cavidade bucal, são transmissíveis.
O dente recém erupcionado é mais poroso e mais susceptível a cárie. É importante que a dieta seja controlada e os acompanhamentos pelo dentista sejam feitos num menor intervalo de tempo, para que ocorra uma adequada maturação pós eruptiva, ou seja, para que o dente adquira uma resistência, após irromper na cavidade bucal. Fase de crescimento, estágio de maturação, atividades físicas, eficiência da absorção e uso dos alimentos, devem ser considerados diante das necessidades nutricionais, tanto para a criança como para o jovem e o adulto.
O crescimento da criança passa por 4 fases importantes a serem analisadas: Crescimento inicial, muito rápido, crescimento uniforme é mais lento (idade pr escolar), crescimento acelerado (adolescente), declínio de crescimento até parar (idade adulta). As necessidades energéticas do lactante devem ser avaliadas através de: verificação do peso, crescimento da criança estado geral do bem estar, orientação individualizada da dieta, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança. Assim algumas regras devem ser seguidas para a alimentação no primeiro ano de vida:
- 0 a 6 meses: aleitamento materno;
- 6 a 7 meses: leite materno, 1 refeição de sal, 1 papa de fruta, 2 sucos de frutas;
- 7 a 8 meses: leite materno: 2 refeições de sal, 2 papas de frutas, 2 sucos de frutas;
- 8 a 12 meses: leite materno, 2 refeições de sal, 2 sobremesas, 2 sucos de frutas
- 6 a 7 meses: leite materno, 1 refeição de sal, 1 papa de fruta, 2 sucos de frutas;
- 7 a 8 meses: leite materno: 2 refeições de sal, 2 papas de frutas, 2 sucos de frutas;
- 8 a 12 meses: leite materno, 2 refeições de sal, 2 sobremesas, 2 sucos de frutas
O leite possui um potencial cariogênico devido a presença de lactose, esta se encontra em maior quantidade no leite materno que no bovino. O leite possui carboidratos, enzimas bacterianas e lactose. Por esse e demais motivos, que a higiene bucal deve ter inicio na vida criança antes dos primeiros dentes apontarem na cavidade bucal. Criando assim um ambiente para a microflora bucal isento de microorganismos causadores da cárie, doença periodontal, etc, principalmente o Streptococcus mutans, ou pelo menos, um ambiente desfavorável para a proliferação e atuação dos mesmos.
As frutas frescas e verduras cruas são chamadas de alimentos detergentes. A refinação dos alimentos os torna potenciais causadores de cárie. Daí que surge a importância da higiene bucal, principalmente após as refeições. Os alimentos não são cariogênicos, mas podem se tornar através de uma interação complexa da: composição dos alimentos, padrão de consumo, flora bacteriana da placa, tempo que permanece na cavidade oral.
Os sucos e as bebidas de frutas apresentam maior acidez que os refrigerantes, porém são capazes de induzir queda do pH, favorecendo a produção de ácidos pelos microorganismos que oriundos de suas associações são causadores da cárie.
As modificações nos hábitos alimentares devem enfatizar: uma freqüência menor; redução de açúcar, uso de substratos do açúcar, evitar produtos com alto teor de açúcar e que fiquem retidos na boca.
Aconselhamento dietético:
- Análise nutricional;
- Sugestões para correção dos problemas devem ser aceitas;
- Modificação deve ser gradual;
- Freqüência é mais prejudicial que a quantidade;
- Dieta é importante fator da cárie;
- Aprender que tipo de alimento ingerir, quando e onde modificar;
- Açúcar ingerido ácido na placa por 20 a 30 minutos;
- Alimentos cariogênicos devem ser consumidos junto com as refeições;
- Usar substitutos do açúcar;
- Combinar um dia para o consumo de doces (sugestão aos fins de semana);
- Não dar líquidos durante as refeições.
Orientações que os pais devem transmitir a seus filhos, e praticar juntos em casa:
- Motivar a criança a mastigar;
- Fazer as refeições em horários regulares;
- Fazer as refeições com a família;
- Ambiente agradável;
- Saborear a dieta;
- Iluminação do ambiente;
- Ruídos no ambiente – contra indicado;
- Temperatura da dieta;
- Situação corporal confortável;
- Ritmo de administração adequado;
- Variedade de alimentos – criatividade.
Pais atenção:
- Com gastos de alimentos desnecessários;
- Comprar alimentos de alta qualidade nutritiva;
- Com a rotina diária alimentar;
- Com o peso, postura, porte, estrutura e etc de sua família;
- Alerta para: composicao forma e frequencia consumo alimentar de sua familia;
- Ter consciencia da importancia da dieta como prevencao odontologica na sua vida e de sua familia;
- Entender a relacao da nutricao com a saude bucal.
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