sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sífilis congênita - transmissão vertical da sífilis

A sífilis congênita é resultado da infecção do feto pelo Treponema pallidum, bactéria causadora da sífilis. Essa infecção se dá através da placenta de uma mulher grávida que esteja infectada pela sífilis. É uma doença grave e pode causar má formação do feto, sérias conseqüências para a saúde da criança ou até a morte.

Sinais e Sintomas

A sífilis pode se manifestar logo após o nascimento ou durante os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança infectada pode apresentar problemas muito sérios, entre eles: pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou retardamento. A doença pode também levar à morte. Há ocorrências em que a criança nasce aparentemente normal e a sífilis se manifesta só mais tarde, após o segundo ano de vida.

Transmissão da sífilis

A transmissão da mãe infectada para o bebê pode ocorrer em qualquer fase da gestação ou durante o parto. Estando presente na corrente sangüínea da gestante, após penetrar na placenta, o treponema ganha os vasos do cordão umbilical e se multiplica, rapidamente, por todo o organismo da criança que está sendo gerada. A infecção do feto depende do estágio da doença na gestante. Quanto mais recente a infecção materna, mais treponemas estarão circulantes e, portanto, mais grave será o risco de transmissão para o bebê.

Prevenção

Realização do teste diagnóstico em mulheres com intenção de engravidar, tratamento imediato dos casos diagnosticados nas mulheres e em seus parceiros.

Tratamento

Realizar testes em amostra de sangue dos recém-nascidos cujas mães apresentaram infecção pela sífilis ou em casos de suspeita clínica de sífilis congênita. O tratamento deve ser imediato nos casos detectados e deve ser feito com penicilina. Com o tratamento adequado, mães com sífilis podem dar à luz a crianças saudáveis. A notificação e investigação dos casos detectados, incluindo os que nascem mortos ou os casos de aborto por sífilis, são compulsórias e dever de todo cidadão, obrigatórias a médicos e outros profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e privados de saúde (Lei nº 6259).

Sífilis


É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Manifesta-se em três estágios: primária, secundária e terciária. Os dois primeiros estágios apresentam as características mais marcantes da infecção, quando se observam os principais sintomas e quando essa DST é mais transmissível. Depois, ela desaparece durante um longo período: a pessoa não sente nada e apresenta uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em casos de indivíduos não tratados. A doença pode ficar, então, estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos, podendo inclusive levar à morte.

Sinais e Sintomas

A sífilis manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas, que surgem entre a 2ª ou 3ª semana após a relação sexual desprotegida com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo, surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias. Caso ocorra em grávidas, poderá causar aborto/natimorto ou má formação do feto.
Transmissão da sífilis

A sífilis pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais desprotegidas (sem preservativos), através de transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro em razão do controle do sangue doado), e durante a gestação e o parto (de mãe infectada para o bebê).

Prevenção

Como não há perspectiva de desenvolvimento de vacina, em curto prazo, a prevenção recai sobre a educação em saúde: uso regular de preservativos, diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e parceiros, e realização do teste diagnóstico por mulheres com intenção de engravidar.

Tratamento

O tratamento mais indicado para a sífilis é a utilização do mais antigo dos antibióticos: a penicilina. O maior problema do tratamento é o seu diagnóstico, visto que a sífilis pode ser confundida com muitas outras doenças. Os pacientes devem evitar ter relação sexual até que o seu tratamento (e do parceiro com a doença) se complete. A gestante deve realizar controle de cura mensal. Se não tratada, a sífilis progride, torna-se crônica e pode comprometer várias partes do corpo ou levar à morte.

Síflis congênita

A sífilis congênita é resultado da infecção do feto pelo Treponema pallidum, bactéria causadora da sífilis, através da placenta.

Linfogranuloma venéreo

O agente causador dessa DST é a Chlamydia trachomatis, e seu período de incubação pode ser de 7 a 30 dias.
Sinais e Sintomas

O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital de curta duração (de três a cinco dias), que se apresenta como uma ferida ou como uma elevação da pele. Essa lesão é passageira e não é facilmente identificada pelos pacientes. Após a cura da lesão primária, que acontece geralmente entre duas a seis semanas, surge um inchaço doloroso dos gânglios de uma das virilhas , denominada bubão. Se esse inchaço não for tratado adequadamente, evolui para o rompimento espontâneo e formação de feridas que drenam pus.

Formas de contágio

A transmissão do linfogranuloma venéreo se dá por via sexual. PrevençãoUso do preservativo em todas relações sexuais e higienização dos órgãos genitais após o ato sexual.

Tratamento

Consiste no tratamento das feridas. São utilizados medicamentos à base de antibióticos que, entretanto, não revertem seqüelas, tais como o estreitamento do reto e a elefantíase dos órgãos sexuais. Quando necessário, também é feita a aspiração do bubão inguinal. O parceiro também deve ser tratado.

Herpes

É uma doença que aparece e desaparece sozinha, de tempos em tempos, dependendo de certos fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo e menstruação. Nas mulheres, o herpes pode também se localizar nas partes internas do corpo. Uma vez infectada pelo vírus da Herpes simples, a pessoa permanecerá com o vírus em seu organismo para sempre.

Sinais e Sintomas

Manifesta-se através de pequenas bolhas localizadas principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Essas bolhas podem arder e causam coceira intensa. Ao se coçar, a pessoa pode romper a bolha, causando uma ferida.
Formas de contágio

O herpes genital é transmitido por meio de relação sexual (oral, anal ou vaginal) desprotegida (sem uso da camisinha). Essa doença é bastante contagiosa e a transmissão ocorre quando as pequenas bolhas, que se formam durante a manifestação dos sintomas, se rompem, ocasionando uma ferida e eliminando o líquido do seu interior. Esse líquido, ao entrar em contato com mucosas da boca ou da região ano-genital do parceiro, pode transmitir o vírus. Raramente a contaminação se dá através de objetos contaminados. As feridas desaparecem por si mesmas. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas. Enquanto persistirem as bolhas e feridas, a pessoa infectada estará transmitindo a doença. Na presença dessas lesões, a pessoa deve abster-se de relações sexuais, até que o médico as autorize.

Prevenção

Uso de preservativo em todas as relações sexuais, vaginais, orais e anais. TratamentoA herpes é altamente transmissível. Por isso, a primeira orientação aos pacientes sempre diz respeito aos cuidados locais de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto com outras pessoas e não furar as bolhas sob nenhum pretexto são recomendações importantes.O tratamento é feito com medicamentos antivirais, por via oral e tópica, e tem como objetivo encurtar a duração dos sintomas, prevenir as complicações e diminuir os riscos de transmissão, pois o vírus não pode ser completamente eliminado.

sábado, 8 de novembro de 2008

Gonorréia e Clamídia


A gonorréia é a mais comum das DST. Também é conhecida pelo nome de blenorragia, pingadeira, esquentamento. Nas mulheres, essa doença atinge principalmente o colo do útero.
Sinais e Sintomas
Entre dois e oito dias após relação sexual desprotegida, a pessoa passa a sentir ardência e dificuldade para urinar. Às vezes, pode-se notar um corrimento amarelado ou esverdeado - até mesmo com sangue - que sai pelo canal da urina, no homem, e pela vagina, na mulher.A clamídia também é uma DST muito comum e apresenta sintomas parecidos com os da gonorréia, como, por exemplo, corrimento parecido com clara de ovo no canal da urina e dor ao urinar. As mulheres contaminadas pela clamídia podem não apresentar nenhum sintoma da doença, mas a infecção pode atingir o útero e as trompas, provocando uma grave infecção. Nesses casos, pode haver complicações como dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas (fora do útero), parto prematuro e até esterilidade.
Formas de contágio
A principal forma de transmissão da gonorréia é por meio de relação sexual com pessoa infectada, seja essa relação oral, vaginal ou anal, sem o uso de preservativo. Mesmo sem apresentar sintomas, as mulheres contaminadas transmitem a bactéria causadora da doença. Pode ocorrer também, durante o parto, transmissão da mãe contaminada para o bebê. Caso esse tipo de transmissão aconteça, corre-se o risco de o bebê ter os olhos gravemente afetados, podendo levar à cegueira.
Prevenção
Usar camisinha masculina ou feminina nas relações sexuais vaginais e orais. Além da camisinha masculina ou feminina, usar lubrificantes à base de água (KY, Preserv Gel) nas relações sexuais anais.É recomendado realizar sempre o auto-exame, observando os próprios órgãos genitais e vendo se a cor, aparência, cheiro e a pele estão saudáveis.
Tratamento
Caso não sejam tratadas, essas DST podem provocar esterilidade, atacar o sistema nervoso (causando meningite), afetar os ossos e o coração.Atenção: corrimentos são muito comuns em mulheres. Portanto, sua ocorrência não significa, necessariamente, sinal de DST. O médico poderá fazer seu correto diagnóstico e indicação de tratamento adequado.
OFTALMIA NEONATAL
É definida como uma conjuntivite do recém-nascido que apresenta pus. Surge no primeiro mês de vida, usualmente contraída durante o seu nascimento, a partir do contato com secreções genitais maternas contaminadas. A oftalmia neonatal pode levar à cegueira, especialmente quando causada pela N. gonorrhoeae. Os agentes etiológicos mais importantes são: Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.
Sinais e Sintomas
Geralmente o recém-nascido é trazido ao serviço de saúde por causa de eritema e inchaço das pálpebras, e/ou existência de secreção nos olhos. Conjuntivite severa que se desenvolva na primeira semana de vida é, mais provavelmente, de origem gonocócica. A conjuntivite por clamídia é bem menos severa, e o seu período de incubação varia de 5 a 14 dias.
Os achados objetivos incluem:
- secreção, que pode ser purulenta;
- eritema e edema da conjuntiva; e
- edema e eritema das pálpebras.
Prevenção
A profilaxia ocular, no período neonatal, deve ser feita rotineiramente com:- Nitrato de prata a 1% (Método de Credè), aplicação única, na 1ª hora após o nascimento,
Tratamento
Estando disponível apenas o diagnóstico clínico, toda oftalmia neonatal deve receber tratamento para gonococo (principalmente) e clamídia. A mãe e seu(s) parceiro(s) devem sempre ser tratados para gonorréia e infecção por clamídia, e serem submetidos a exame genital e exame sorológico para sífilis e anti-HIV, após aconselhamento.A oftalmia neonatal pode ser classificada como gonocócica ou não gonocócica. Quando houver condições para o estabelecimento desse diagnóstico pelo esfregaço corado (azul de metileno ou Gram), deve-se fazer o tratamento específico.
Tratamento da oftalmia neonatal gonocócica
A oftalmia gonocócica precisa ser tratada imediatamente, para prevenir dano ocular. A conjuntivite pode ser, também, um marcador de uma infecção neonatal generalizada.- Devem ser instituídos procedimentos de isolamento do caso, quando em instituições, para prevenir a transmissão da infecção, terapia específica.
Tratamento da oftalmia neonatal não gonocócica
Não há evidência de que a terapia tópica ofereça benefício adicional, neste caso.

Condiloma acuminado ou HPV


O condiloma acuminado é uma lesão na região genital, causada pelo Papilomavirus Humano (HPV). A doença é também conhecida como crista de galo, figueira ou cavalo de crista.
Sinais e Sintomas
O HPV provoca verrugas, com aspecto de couve-flor e de tamanhos variáveis, nos órgãos genitais. Pode ainda estar relacionado ao aparecimento de alguns tipos de câncer, principalmente no colo do útero, mas também no pênis ou no ânus. Porém, nem todo caso de infecção pelo HPV irá causar câncer.
Formas de contágio
A infecção pelo HPV é muito comum. Esse vírus é transmitido pelo contato direto com a pele contaminada, mesmo quando essa não apresenta lesões visíveis. A transmissão também pode ocorrer durante o sexo oral. Há, ainda, a possibilidade de contaminação por meio de objetos como toalhas, roupas íntimas, vasos sanitários ou banheiras.
Prevenção
Não existe forma de prevenção 100% segura, já que o HPV pode ser transmitido até mesmo por meio de uma toalha ou outro objeto. Calcula-se que o uso da camisinha consiga barrar entre 70% e 80% das transmissões, e sua efetividade não é maior porque o vírus pode estar alojado em outro local, não necessariamente no pênis, mas também na pele da região pubiana, períneo e ânus. A novidade é a chegada, ainda em 2006, da primeira vacina capaz de prevenir a infecção pelos dois tipos mais comuns de HPV, o 6 e o 11, responsáveis por 90% das verrugas, e também dos dois tipos mais perigosos, o 16 e o 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero. Ainda em discussão os valores para dose (3 doses), para o mercado privado brasileiro.
Na maioria das vezes os homens não manifestam a doença. Ainda assim, são transmissores do vírus. Quanto às mulheres, é importante que elas façam o exame de prevenção do câncer do colo, conhecido como "papanicolau" ou preventivo, regularmente.
Tratamento
O tratamento do HPV pode ser feito por meio de diversos métodos: químicos, quimioterápicos, imunoterápicos e cirúrgicos. A maioria deles destruirá o tecido doente.

Cancro mole

Pode ser chamada também de cancro venéreo. Popularmente é conhecida como cavalo. Manifesta-se através de feridas dolorosas com base mole.
Os primeiros sintomas aparecem dois a cinco dias após relação sexual desprotegida com portador da doença, período que pode se estender até duas semanas.
Sinais e Sintomas
No início, surgem uma ou mais feridas pequenas com pus. Após algum tempo, forma-se uma ferida úmida e bastante dolorosa, que se espalha e aumenta de tamanho e profundidade. A seguir, surgem outras feridas em volta das primeiras. Após duas semanas do início da doença, pode aparecer um caroço doloroso e avermelhado (íngua) na virilha, que chega a prender os movimentos da perna, impedindo a pessoa de andar. Essa íngua pode abrir e expelir um pus espesso, esverdeado, misturado com sangue. Nos homens, as feridas, em geral, localizam-se na ponta do pênis. Na mulher, ficam, principalmente, na parte externa do órgão sexual e no ânus e mais raramente na vagina (ressalte-se que a ferida pode não ser visível, mas provoca dor na relação sexual e ao evacuar).
A manifestação dessa doença pode vir acompanhada de dor de cabeça, febre e fraqueza.
Formas de contágio
Transmitido pela prática de sexo (vaginal, anal ou oral) desprotegido com pessoa contaminada.
Prevenção
Como o contágio é feito pela prática sexual, a melhor forma de prevenir-se contra o cancro mole é fazer uso do preservativo em todas as relações sexuais. Cuidar bem da saúde e da higiene também são formas de prevenção.
Tratamento
O cancro mole é tratado com medicamentos à base de antibióticos, sabonetes e loções. Além do tratamento, deve-se realizar intensa higiene local. Deve ser indicada a abstinência sexual até a conclusão do tratamento. É recomendado o tratamento dos parceiros sexuais, em qualquer circunstância, pela possibilidade de existirem portadores que não manifestem sintomas.

AIDS

Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causada pela infecção do organismo humano pelo HIV (vírus da imunodeficiência adquirida, traduzido do inglês Human Immunodeficiency Virus). O HIV compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar adequadamente sua função de proteger o organismo contra as agressões externas, tais como: bactérias, outros vírus, parasitas e células cancerígenas.
Mesmo apresentando resultado positivo para a infecção pelo HIV, um indivíduo pode não estar com a aids. A aids representa o estágio mais avançado da infecção pelo HIV, quando o sistema imunológico já se encontra bastante comprometido e surgem determinadas infecções, conhecidas como doenças oportunistas.
Sintomas
A infecção pelo HIV é um processo de longa duração que passa por diferentes estágios. A duração e a gravidade de cada estágio dependem de vários fatores relacionados tanto ao vírus quanto ao indivíduo infectado e apresenta sintomas diferentes. O tempo entre a exposição ao HIV e o início dos sinais e sintomas, em geral, varia de cinco dias a três meses. As manifestações podem resultar em gripe persistente, perda de peso progressiva, diminuição da força física, febre intermitente, dores musculares, suores noturnos, diarréia, entre outras reações. Quando a infecção pelo HIV já está avançada, começam a aparecer doenças oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, diarréia crônica.
Formas de Contágio
Contato sexual desprotegido com pessoa soropositiva; contato direto com sangue contaminado (que inclui compartilhamento de agulhas para injeção de drogas; transfusões de sangue e/ou hemoderivados; acidentes com materiais biológicos, ocupacionais ou não, que gerem contato direto destes com mucosas, com pele lesionada ou ferida e com tecidos profundos do corpo, permitindo o acesso à corrente sangüínea); da mãe portadora do HIV para o filho, durante a gestação, o parto ou pelo aleitamento.
Prevenção
Na transmissão sexual, recomenda-se a prática do sexo seguro (relação monogâmica com parceiro HIV negativo e uso de preservativo em todas as relações sexuais). Na transmissão pelo sangue, recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV.
Tratamento
A aids ainda não tem cura e caso não seja tratada, ou seja tratada de maneira inadequada, pode resultar em morte. O tratamento da aids é feito com medicamentos anti-retrovirais, drogas que inibem a reprodução do HIV no sangue. A associação desses medicamentos é popularmente conhecida como "coquetel". Também faz parte do tratamento contra a aids o controle do avanço da doença, feito por meio dos testes realizados regularmente de acordo com o pedido da equipe médica. Com a terapia anti-retroviral tem-se melhorado a qualidade de vida em todos os estágios da infecção e ampliado a sobrevida das pessoas portadoras do HIV. As doenças oportunistas são, em sua maioria, tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo de medicações para o controle dessas manifestações.

Doenças sexualmente Transmissíveis

Sexo seguro
Sexo seguro é o sexo sem o risco de ser contaminado ou contaminar o(a) seu(sua) parceiro(a) com doenças sexualmente transmissíveis.
Esta segurança só poder ser atingida através do sexo monogâmico comparceiro(a) sabida e comprovadamente sadio(a) ou quando o sexo é realizado sem o contato ou troca de fluidos corpóreos como esperma, secreção vaginal e sangue.
A segunda situação é obtida através do uso da camisinha, camisa-de-vênus, condom (do latim condare, que significa "proteger") ou preservativo. É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar excelente proteção, não proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, deslizamento, colocação inadequada etc).
É importante informar também que a proteção proporcionada pelo uso da camisinha é relativo nas doenças em que não ocorrem secreções genitais: Herpes, HPV, Sífilis, Cancro Mole, Pediculose do Pubis etc, uma vez que o agente transmissor pode estar localizado fora da área protegida pelo preservativo.
A camisinha é um objeto de material elástico, derivado da borracha (látex), relativamente resistente que envolve os genitais masculinos (mais usado) ou femininos durante o coito, impedindo o já citado contacto entre os fluidos corpóreos das pessoas que estão praticando o relacionamento íntimo.
Além da proteção contra as DST os preservativos constituem um método anticoncepcional seguro, quando usados adequadamente.
O mercado diversificou muito a industrialização das camisinhas. Hoje encontramos camisinhas texturizadas, com formatos especiais, coloridas, lubrificadas, com perfume, sabor, etc.
CAMISINHA - COMO UTILIZAR
Escolha uma marca de confiança. Carregue-a sempre com você. É recomendável ter uma ou mais unidades de reserva. Conserve-as protegidas do calor e utilize-as sempre dentro do prazo de validade.
Abra delicadamente a embalagem, cuidando para que esta operação não a danifique.
A colocação deverá ser feita com o pênis em ereção (duro). O prepúcio (pele) deverá estar tracionado e a glande (cabeça do pênis) exposta.
Deixe um pequeno espaço na ponta da camisinha. Isto é importante e pode ser conseguido comprimindo-se a extremidade da camisinha entre o polegar e o indicador e mantendo-os assim enquanto a coloca.
Encoste a camisinha enrolada na ponta da glande e desenrole-a até a base do pênis.
Se a camisinha não for lubrificada, utilize somente lubrificantes a base de água, os quais deverão ser aplicados sobre o pênis antes da colocação e/ou diretamente na camisinha após colocada.
Após o uso retire a camisinha. Dê um nó na extremidade aberta e jogue-a no lixo. Camisinha é descartável, deve ser usada somente uma vez.
No caso da camisinha romper-se ou sair durante o coito, despreze-a e coloque uma nova.
Fonte: Dr. Carlos R. Cerri
Médico Urologista

domingo, 29 de junho de 2008

Câncer de boca

O Auto-Exame da Boca
O auto-exame deve ser feito em um local bem iluminado, diante do espelho. O objetivo é identificar lesões precursoras do câncer de boca. Devem ser observados sinais como mudança na cor da pele e mucosas, endurecimentos, caroços, feridas, inchações, áreas dormentes, dentes quebrados ou amolecidos e úlcera rasa, indolor e avermelhada.

Atenção!

Lave bem a boca e remova próteses dentárias se for o caso.
De frente para o espelho, observe a pele do rosto e do pescoço. Veja se encontra algum sinal que não tenha notado antes. Toque suavemente com as pontas dos dedos todo o rosto.
Puxe com os dedos, o lábio inferior para baixo, expondo a sua parte interna (mucosa). Em seguida, apalpe todo o lábio. Puxe o lábio superior para cima e repita a palpação.











Com a ponta do dedo indicador, afaste a bochecha para examinar a parte interna da mesma. Faça isso nos dois lados.
Com a ponta do dedo indicador, percorra toda a gengiva superior e inferior.












Introduza o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo do queixo e procure palpar todo o assoalho da boca.
Incline a cabeça para trás e abrindo a boca o máximo possível, examine atentamente o céu da boca. Palpe com o dedo indicador todo o céu da boca. Em seguida diga ÁÁÁÁ... E observe o fundo da garganta.












Ponha a língua para fora e observe a parte de cima. Repita a observação com a língua levantada até o céu da boca. Em seguida puxando a língua para esquerda, observe o lado esquerdo da mesma. Repita o procedimento para o lado direito.
Estique a língua para fora, segurando-a com um pedaço de gaze ou pano, apalpe em toda a sua extensão com os dedos indicadores e polegar da outra mão.
Examine o pescoço. Compare os lados direito e esquerdo e veja se há diferenças entre eles. Depois, apalpe o lado esquerdo do pescoço com a mão direita. Repita o procedimento para o lado direito, palpando com a mão esquerda. Veja se existem caroços ou áreas endurecidas.
Finalmente, introduza o polegar por debaixo do queixo e apalpe suavemente todo o seu contorno inferior.




O que procurar?


Mudanças na aparência dos lábios e da porção interna da boca
-Endurecimentos
-Caroços
-Feridas
-Sangramentos
-Inchações
-Áreas dormentes
-Dentes amolecidos ou quebrados
Faça o auto-exame da boca mensalmente.
Prevenção
1 - evitar fumo e álcool;
2 - evitar exposição continuada aos raios solares;
3 - evitar traumas crônicos na mucosa bucal, tais como: prótese mal adaptada, coroas dentais fraturadas, raízes residuais, etc;
4 - manter higienização adequada, escovando os dentes no mínimo 4 vezes ao dia, principalmente após a ingestão de qualquer alimento, fazer uso do fio dental e se auto-examinar continuadamente conforme descrição acima citada;
5 - fazer alimentação balanceada e completa evitando fazer uso do açúcar em excesso (prevenção da cárie) e, principalmente, fora das refeições;
6 - procurar seu Dentista ou Médico em caso de aparecimento de qualquer lesão que não regrida no espaço de 7/14 dias;
Diagnóstico
A confirmação diagnóstica é feita através de biópsia.
Os Raios X podem ser úteis para averiguar o comprometimento de ossos como a mandíbula.






Atenção!







As fotos expostas a seguir são verdadeiras e podem chocar algumas pessoas.







Lesão precursora de câncer – Leucoplasia







Lesão precursora de câncer – Eritroplasia







Lesão escura





Lesão Labial





Câncer de Lábio





Câncer de Língua





Câncer de Língua



Câncer de Boca

O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra.
Fatores de Risco
Os fatores que podem levar ao câncer de boca são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas.
Sintomas
O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em duas semanas. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.
Prevenção e Diagnóstico Precoce
Homens e mulheres com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.
Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.
Exame Clínico da Boca
Deve-se considerar sua realização anual por profissional médico ou dentista, para indivíduos com alto risco para câncer de boca.
Tratamento
A cirurgia e/ou a radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos). As lesões iniciais são aquelas restritas ao seu local de origem e que não apresentam disseminação para gânglios linfáticos do pescoço ou para órgãos à distância. Mesmo lesões iniciais da cavidade oral, principalmente aquelas localizadas na língua e/ou assoalho de boca, podem apresentar disseminação subclínica para os gânglios linfáticos cervicais em 10% a 20% dos casos. Portanto, nestes casos, pode ser indicado o tratamento cirúrgico ou radioterápico eletivo do pescoço. Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, independentemente da radioterapia. Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos 'gânglios'), é indicado o esvaziamento cervical do lado comprometido. Nestes casos, o prognóstico é afetado negativamente. A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, que permitiu largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, ainda são grandes e o prognóstico dos casos, intermediário. A quimioterapia associada à radioterapia é empregada nos casos mais avançados, quando a cirurgia não é possível. O prognóstico, nestes casos, é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de se controlar totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Hipertensão grave, freqüentemente é associada a sintomas do sistema nervoso central, tais como visão turva, cefaléia ou alteração do estado mental.

Avaliação de Pulsos Radiais

- Radial
- Carotídeo
- Femoral
- Etc.

Contar por 60 segundos. O valor médio é 72 bat./min., variando de 60 a 100 bat./min.

Freqüência Respiratória

Contar por 60 segundos. Anotar qualquer alteração na qualidade respiratória como chiado, estridor ou dificuldade.

Parâmetros
Recém-nascido 40 – 45 resp./min.
Lactante 25 – 35 resp./min.
Adolescente 18 – 22 resp./min.
Adulto 16 – 20 resp./min

Temperatura

Deve ser tomada em qualquer paciente com suspeita de infecção. Com termômetro na boca ou axila.

Avaliação Laboratorial

Procedimentos cirúrgicos em nível de consultório apenas sob anestesia local

Hemograma completo

- Hemoglobina
- Hematócrito
- Leucometria
- Leucometria diferencial
- Taxa de glicose sérica em jejum
- HIV

Coagulograma

- Tempo de sangramento
- Tempo de coagulação
- Contagem plaquetária
- Tempo de protrombina (T.P.)
- Tempo de tromboplastina parcial (T.T.P)
- Prova do laço


Procedimentos cirúrgicos em nível hospitalar sob anestesia local e sedação venosa ou anestesia oral

Material Sangue

- Hemograma
- Uréia
- Glicose
- Creatinina
- Bilirrubina
- Coagulograma
- Tipagem sanguinea
- HIV
- Hepatite A e B

Material Urina

- Elementos anormais e sedimentos (E.A.S)

Radiografia de Tórax

- Incidência em P.A e perfil

Eletrocardiograma

- Risco cirúrgico

Exames Laboratoriais e sua significação

Hemograma
Para afastar as grandes anemias e leucopenias, assim como poliglobulias e leucocitoses. Os pequenos desvios são irrelevantes em relação ao ato cirúrgico.

> Hemoglobina (g/dl)
Quando reduzida pode ser indicativo de anemia e quando aumentada de policitemia
Valores normais:
Homens: 14 – 18
Mulheres: 12 – 16
Recém-nascidos: 16 – 19
Crianças: 11 – 16

> Hematócrito (%)
Indicativo de anemia quando reduzido e de policitemia, quando aumentado
Valores normais:
Homens: 40 – 54
Mulheres: 37 – 47
Recém-nascidos: 49 – 54
Crianças: 35 – 49

> Leucometria (células/mm³)
Indicativo de infecção bacteriana, doenças que destroem tecidos e de algumas leucemias, quando aumentada. Da anemia aplástica, mielossupressão induzida por medicamentos, viroses e da sepsia bacteriana maciça, quando reduzida.
Valores normais:
5.000 – 10.000 células/mm³

> Leucometria diferencial

-Neutrófilos (%)
Indicativo de infecções bacterianas, após hemorragia aguda, corticoterapia, quando aumentado. Quimioterapia de câncer, viroses, anemia aplástica e neutropenia clínica, quando reduzido.
Valores normais:
50 – 70 %

> Linfócitos (%)
Indicativo de viroses, como mononucleose, quando aumentado.
Valores normais:
30 – 40 %

> Monócitos (%)
Indicativo de infecções bacterianas como endocardite bacteriana subaguda, a tuberculose e a febre tifóide, quando aumentados.
Valores normais: 3 – 7 %

> Eosinófilos (%)
Indicativo de infecções parasitárias, doença de Hodgkin, carcinoma metastáticos , alergia, sarcoidose e doenças crônicas, quando aumentados
Valores normais: 0 – 5 %

> Basófilos (%)
Pouco ou nada concorrem os basófilos para a interpretação do quadro hematológico. Pode haver basofilia na leucemia mielóide crônica, varíola, varicela, doença de Hodgkin, injeção de proteína heteróloga, anemias hemolíticas crônicas e após esplenectomia.
Valores normais: 0 – 1 %

Distúrbios do Sangramento

> Contagem de Plaquetas (células/mm³)
Conferir redução na Trombocitopenia
Valores normais: 150.000 – 400.000 células/mm³

> Tempo de Sangramento
Indicativo de trombocitopenia, alterações qualitativas e quantitativas das plaquetas, tais como no uso prolongado de aspirina e na doença de Von Willebrand, quando aumentado.
Valores normais:
Método de Ivy: <> Tempo de Protrombina (T.P.)
Avalia os sistemas extrínseco e comum. Prolongado nas doenças hepáticas nas deficiências de fatores I, II, VI, VII e X e na terapia com anticoagulantes.
Valores normais: 11 segundos.

> Tempo de Tromboplastina Parcial (T.T.P.)
Na terapia de heparina e nas deficiências dos fatores VII, X, XI, XII (intrínseco) e do sistema comum estará prolongado.
Valores normais: 35 segundos.
Obs: Depende do controle laboratorial. Resultado expresso como relação teste/controle

Outros Exames Hematológicos

> Hematimetria
Exame indicativo de anemia, quando reduzido e de policitemia, quando aumentado.
Valores normais: 4 – 5 milhões de células/mm³

> Velocidade de Sedimentação das Hemácias
Quando aumentada, é indicativo de alterações com destruição tecidual, tais como traumatismos, infecções e lesões malignas
Valores normais:
Homens: <> Grupo Sangüíneo e Fator R.h.
Este exame deve ser sempre solicitado, por menor que seja a cirurgia. É importante se saber previamente o tipo sangüíneo do paciente do paciente, para confrontá-lo com as determinações realizadas açodadamente em casos de emergência ou pr sangramentos agudos durante a cirurgia.
Bioquímica do Sangue

> Glicose
Indicativo de Diabetes millitus, doença de Cushing, Acromegalia, estresse, elevação da liberação de epinefrina, quando aumentada. Reduzida nos tumores das Ilhotas pancreáticas, defeitos metabólicos, cirrose avançada, hepatite e nas doses elevadas de insulina.
Valores normais: 80 – 120 mg/dl

> Cálcio
Indicativo de hiperparatireoidismo e de tumores malignos do osso, quando aumentado
Valores normais: 8,8 – 10,5 mg/dl

> Fósforo
Indicativo de hipoparatireoidismo, quando aumentado, e reduzido hiperparatireoidismo, na deficiência de vitamina D e nas síndromes de má absorção.
Valores normais: 2,5 – 4,5 mg/dl

> Fosfatase Alcalina
Indicativa de hiperparatireoidismo, doença de Paget, doença hepática, tumores ósseos e osteogênese imperfeita, quando aumentada. Reduzida na hipofosfatasia, hipotireoidismo e na má nutrição.
Valores normais: 1,5 – 4,5 unidade Bodansky

> Transaminase Glutâmico- Oxalacética Sérica
Exame indicativo de destruição tecidual, quando aumentada especialmente no infarto do miocárdio e na hepatite. Encontrada no cérebro, no fígado, no coração, no músculo esquelético e no pâncreas.
Valores normais: 10 – 150 um/ml

> Transaminase Glutâmico Pirúvica Sérica
Indicativa hepatite, quando aumentada
Valores normais: 6 – 36 μm/ml

> Desidrogenase Láctica
Encontrada em muitos tecidos, incluindo coração, fígado, rim, células do sangue e da pele, quando aumentada, indica doenças teciduais distintivas.
Valores normais: 90 – 200 μm/ml

> Bilirrubina
Quando aumentado, este produto de desintegração das hemácias e da capacidade de excreção.
Valores normais: 0,8 mg/dl

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Doenças Infecciosas Bucais: Seu impacto sobre a Saúde 1

A concepção de que as doenças infecciosas bucais se limitam a produzir lesões nas estruturas contidas na cavidade bucal é bastante enraizado e dominante nos meios Odontológicos.
Como indicam algumas situações anteriores ocorridas em outras áreas de nossa profissão, esses conceitos empíricos que, de tanto serem repetidos, acabaram adquirindo foro de verdade comprovada. E com o passar do tempo converteu-se em mais um “Dogma de fé”.
Existem indícios científicos veementes de que as doenças bucais, têm condições de atuar como focos de disseminação de microorganismos patogênicos, com efeitos metastáticos sistêmicos, especialmente em pessoas com a saúde comprometida ou em idosos. Tudo indica que as doenças bucais possuem suficiente potencial para gerar desequilíbrio na homeostasia do organismo, comprometendo a saúde como um todo.
Este tema só foi objeto de verdadeira atenção na área de saúde quando um respeitado Médico Patologista inglês chamado William Hunter, criticou severamente os dentistas americanos por permitirem, a permanência de doenças infecciosas nos pacientes sem um tratamento adequado.
A partir de então, como conseqüência dos quadros infecciosos dos dentes despolpados, fez, desaparecer a terapêutica endodôntica. Impressionados com a denuncia muitos médicos começaram a pressionar os dentistas para que extraíssem os dentes com comprometimento pulpar e periodontal, que resultou em milhares de extrações intempestivas e desnecessárias.
É surpreendente que um assunto tão significativo tenha sido virtualmente abandonado pela odontologia, a possível relação entre a doenças infecciosas bucais e o aparecimento de condições patológicas sistêmicas.
Para explicar esse comportamento é a de que, tendo se livrado da incômoda acusação médica de não saber tratar as doenças infecciosas e suas decorrências.
A interligação dos quadros bucais com as doenças sistêmicas tem sido evidenciada em inúmeras investigações conduzidas nos últimos anos. Fica claro que os efeitos das doenças bucais para o organismo não são tão limitados e triviais como nos levaram acreditar.Portanto, além de produzir a conhecida lista de mazelas como dor, sofrimento, perda de produtividade (absenteísmo) no trabalho e na escola, gera uma legião de desdentados com severas limitações funcionais e sociais, as doenças bucais podem dar origem a diversas condições mórbidas que extrapolam a localização oral.
Existe no presente , uma respeitável messe de trabalhos científicos que sugerem a correlação de doenças infecciosas bucais – tais como periodontite e abscessos periapicais, entre outras, com diversas manifestações mórbidas e sistêmicas que incluem abscessos cerebrais, meningites crônicas e agudas, miocardites e endocardites bacterianas, infarto agudo do miocárdio, doenças oculares e de pele, tétano, entre outras.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quais são os recursos para a limpeza das próteses totais?


Muitos pacientes portadores de prótese total (P T) não a mantêm limpa. O resultado da má higiene é o acúmulo de placa e/ou de restos alimentares na superfície da prótese total e dos tecidos bucais (rebordo residual, palato, bochechas e língua).

A parte interna do aparelho protético é a região onde ocorre maior acúmulo de placa, que é o fator causal de várias patogenias bucais, como estomatites. É importante salientar que um bom polimento irá contribuir para a manutenção da limpeza da prótese, uma vez que os poros propiciam o depósito de resíduos.

O uso de agentes para limpeza das próteses é essencial para prevenir não só o acúmulo de placa, como também o mau odor e as alterações na estética, principalmente por adesão de pigmentos. Existe no mercado internacional um grande número de soluções, cremes dentais, pós, escovas e aparelhos para auxiliar na higienização das próteses. Porém, no Brasil, não existe tanta diversidade desses produtos.

Quanto ao seu efeito, esses agentes se dividem em: limpadores químicos e mecânicos. Os agentes de limpeza deveriam, idealmente, remover depósitos de substâncias orgânicas e inorgânicas das PTs, conter propriedades bactericidas e fungicidas e ser de baixo custo, para estimular seu uso contínuo.

A escova é o agente mecânico mais utilizado. Deve-se dar preferência à utilização de escovas com formato adequado e tipos de cerdas desenvolvidos especificamente para a higiene de dentaduras. É importante salientar que pacientes portadores de prolapso de válvula mitral, pacientes anteriormente submetidos a cirurgia cardiovascular, pacientes imunodeprimidos (pós-transplantados, esplenectomizados, submetidos a quimioterapia) ou imunossuprimidos (com AIDS) devem receber orientação especialmente rigorosa e detalhada, em que se deve incluir uma troca mais freqüente das escovas, a fim de diminuir o número de microorganismos acumulados nas mesmas, dado o risco maior de complicações infecciosas sistêmicas (endocardites bacterianas).

O uso de aparelhos ultra-sônicos também é eficaz como coadjuvante. Dentre os agentes químicos, o hipoclorito de sódio foi uma das primeiras soluções a ser utilizada, devido à sua capacidade de remover pigmentos e por seu poder bactericida e fungicida. Contudo, a grande desvantagem é que essa substância pode provocar clareamento da resina acrílica, dependendo da sua concentração e do tempo de imersão.

Quanto aos cremes dentais, os de baixo índice de abrasividade são mais indicados, pois mantêm a integridade das próteses. O uso de peróxidos em forma de pastilhas ou pós reduz ou elimina a colonização dos Streptococcus mutans, mas não inibe a colonização da Candida albicans, e alguns são contra-indicados para próteses que tenham sido reembasadas com material resiliente.

Destacam-se ainda, como soluções de limpeza, o bicarbonato de sódio e o perborato de sódio, sendo esse último comercializado no mercado nacional em forma de sachê. O paciente deve ser bem orientado quanto ao uso dos agentes de limpeza adequados para a prótese. Toda essa orientação deve ser, tanto quanto possível, personalizada e dimensionada para a compreensão do paciente (e familiares), no sentido de se evitar, por exemplo, o uso de bochechos com substâncias apropriadas para a limpeza das próteses, o que poderia causar sérios danos teciduais locais.

Assim sendo, na cavidade bucal, usar líquidos adstringentes suaves ou anti-sépticos bucais após a escovação de toda mucosa coberta pela dentadura e da língua. Isso sempre depois de cada refeição. Alguns autores relatam que o uso de prótese somente durante o dia é melhor do que de dia e de noite, principalmente os casos de pacientes portadores de sobredentaduras (''overdentures'') ou que possuam dentes no arco antagonista. Em seus trabalhos, mostram que a redução do risco de cáries e doenças periodontais é significativamente maior nos pacientes que permanecem com a prótese somente no decorrer do dia.

Cabe ao paciente manter a higiene bucal na rotina diária. Cabe ao Cirurgião-Dentista instruir o paciente sobre os recursos dessa higiene. Assim, o profissional estará indo ao encontro do objetivo de uma odontologia preventiva com otimização do trabalho executado.

A Amamentação e a Odontologia


A amamentação tem sido incentivada por ser o leite materno não só o alimento mais completo e digestivo para crianças de até um ano de idade, como também por ter ação imunizantes, protegendo-as de diversas doenças. Crianças aleitadas no peito tem melhor desenvolvimento mental e maior equilíbrio emocional. A amamentação é gratificante para a mãe e interfere beneficamente na saúde da mulher, por exemplo, diminuindo a probabilidade de câncer de mama, ajudando na involução do útero e na depressão pós-parto. Hoje, diz-se que o leite materno é ecologicamente correto, pois não consome recursos naturais em sua produção e não gera lixo como ocorre com os leites artificiais, além de ser mais barato.

Porém, poucos sabem que a amamentação tem reflexos futuros na fala, respiração e dentição da criança.
Um exercício muito importante
Quando a criança é amamentada, está não só sendo alimentada, como também fazendo um exercício físico importante para desenvolver sua ossatura e musculatura bucal. Ao nascer, o bebê tem o maxilar inferior muito pequeno, que irá alcançar equilíbrio no tamanho em relação ao maxilar superior tendo seu crescimento estimulado pela sucção do peito. Toda a musculatura bucal é desenvolvida, músculos externos e internos, que, solicitados, desenvolvem os ossos.

Mamar no peito não é fácil, daí o bebê ficar bastante transpirado. Esse exercício é o responsável inicial no crescimento harmonioso da face e dentição. Usando mamadeira, esse exercício é quase inexistente, e a preferência do nenê pela mamadeira vem da facilidade com a qual ela ganha o leite, principalmente quando este flui por um furo generoso no bico. Para exercitar-se com maior eficiência, a posição durante a mamada é importante: a criança deverá ficar o mais verticalizada, o que também facilita a deglutição do leite.
Uma atitude na tentativa de evitar apinhamento dental (dentes ‘’encavalados’’)
Maxilares melhor desenvolvidos propiciarão um melhor alinhamento da dentição, diminuindo a necessidade futura de aparelhos ortodônticos. Músculos firmes ajudarão na fala. Durante a amamentação, aprende-se respirar corretamente pelo nariz, evitando amigdalite, pneumonia, entre outras doenças. Quando a criança respira pela boca, os dentes ressecados ficam mais expostos à cárie e as gengivas ficam inflamadas, os maxilares tendem a sofrer deformações e os dentes, a ficar ‘’encavalados’’, aumentando também o processo de cárie.
A amamentação prepara o bebê para a mastigação
A mamadeira costuma tornar-se uma companheira para a criança ao longo de anos, habituando-a a uma dieta mole e adocicada, que aumenta o risco de cárie (cárie de mamadeira); a criança tende a recusar alimentos que requeiram mastigação. Depois da amamentação, a mastigação. Depois da amamentação, a mastigação correta continuará a tarefa de exercitar ossos e músculos. A amamentação prepara a criança para a mastigação. Muitas mães reclamam que seus filhos, já crescidos, não mastigam corretamente e recusam verduras e frutas, apreciando apenas doces e iogurtes. Esquecem-se essas mães de que o que os habitou a essa dieta foi o uso prolongado de mamadeira. Mastigação incorreta pode levar também a problemas de obesidade e de estômago.
Evitando hábitos prejudiciais.
Atrelada à mamadeira, vem a chupeta, que também é usada normalmente por muito tempo, e o hábito de chupar o dedo, afetando o posicionamento dos dentes e trazendo também conseqüências danosa à fala e à respiração.
Abandono a mamadeira
A partir dos quatro meses, quando a mãe lentamente começar a introduzir outros alimentos (desmame), deverá fazê-lo usando apenas copos e colheres, evitando uso de mamadeira ou ‘’chuquinha’’.
Prevenindo a cárie
A primeira consulta odontológica de uma criança deveria ser antes do nascimento de seu primeiro dentinho; nesse primeiro encontro, a odontopediatra orientaria a respeito da higienização, dieta e como proceder quando os dentes começarem a irromper e a incomodar o bebê. Entre outras coisas, aconselharia os pais a acostumarem-se a levar seus bebês ao dentista, assim como os levam ao pediatra, no sentido de se poder acompanhar de perto o desenvolvimento destes na tentativa da erradicação da doença cárie.
fonte: Revista APCD

Como Usar o Fio Dental




1- Pegue um pedaço de 45 cm de fio dental, enrole as pontas em volta dos dedos médios e estique.Controle os movimentos do fio dental com o dedão.








2-Devagar e com cuidado, passe o fio dental entre os dentes , indo para cima e para baixo.






3-Use um pedaço limpo de fio dental para cada dente.




4-Para aprender rapidinho, peça a ajuda de um adulto ou Cirurgião-Dentista.

Sistema de Prevenção

Esse sistema visa combater a principal causa da cárie e das doenças periodontais que é a placa bacteriana, que se forma pelo acúmulo de alimentos e a degradação do mesmo.

A degradação dos alimentos fornece a nutrição para os microorganismos que se organizam nas superfícies dentárias e tecidos moles da boca formando a placa bacteriana. Nas superfícies dentárias essa placa bacteriana libera subprodutos que causam a desmineralização dos dentes que é o início da cárie. Essa degradação de alimentos também é, na maioria dos casos, uma das principais causas do mau hálito pelo seu odor forte.

A prevenção hoje é a base da odontologia, buscando sempre evitar a perda dos tecidos dentários e principalmente do elemento dentário. Apesar de toda a evolução da odontologia e de seus materiais, nenhum material substitui perfeitamente o dente e seus tecidos perdidos.

Quanto mais a cárie e os outros processos patológicos evoluem, mais complexos serão os procedimentos, maiores serão os custos e os prognósticos mais incertos.
Quando iniciar a prevenção?
Idealmente a prevenção deve ser iniciada por volta dos seis meses de vida do recém nascido para ser iniciada as instruções de como prevenir a cárie e o que pode ser feito para os dentes “nascerem” da melhor forma possível. Instruções também sobre a dieta, como higienizar a boca do recém nascido e da criança, quando começar a usar a escova de dente, a pasta dentária e o flúor.

Papel fundamental da prevenção também é a conscientização das gestantes do que pode ser maléfico à dentição de seus filhos e os hábitos que podem ser deletérios para o crescimento e desenvolvimento crâniofacial e da dentição.

O sistema preventivo da Perfil, busca a melhoria das condições bucais do paciente e para isso os pontos essenciais são as técnicas de higienização (para limpar as superfícies dentárias, eliminando a placa bacteriana, fortalecendo o esmalte e deixando sabor refrescante na boca) e a conscientização do paciente.
Este sistema é composto de:
- Exame clínico e documentação do paciente.
- Profilaxia do paciente.
- Ensino da escovação e uso do fio dental, além da escovação supervisionada na clínica.
- Gráfico de desempenho e evolução do paciente com controle do número de cáries em longo prazo.
- Instrução da dieta e conscientização de que uma dieta balanceada é importante tanto para a saúde bucal quanto para a saúde de um modo geral.
- Uso racional do flúor.
- Profilaxia semestral.
Com esses passos o sistema atua em dois sentidos:
· Educação do paciente quanto à saúde bucal, sobre o que é benéfico e o que é maléfico para a mesma. É o desenvolvimento no próprio paciente da sua conscientização sobre a importância dos seus dentes buscando atitudes para a mudança de seu comportamento.

· Fase preventiva propriamente dita, na qual uma equipe de profissionais utiliza as técnicas da odontologia a favor da saúde do paciente.

Essa é a preocupação do Cirurgião-Dentista, ou seja, o bem estar físico e mental do paciente, ajudando a população a ter uma melhoria na qualidade de vida de acordo com o aumento da expectativa de vida que a população atinge.
Fio dental - é utilizado para remover a placa entre os dentes onde a escova não alcança, sendo uma região de grande acúmulo de placa bacteriana.
Pasta dentária - Age como um detergente bucal para limpeza, dissolvendo e eliminando a terrível placa bacteriana. Também possui flúor.
Escova de dente - Age pela limpeza mecânica dos dentes. A escova ideal deve possuir cabeça pequena, cerdas de nylon arredondadas e macias e com cabo reto anatômico.
Flúor - Substância que complementa a higiene bucal fortalecendo os dentes. O ideal é usa-lo antes de dormir para auxiliar a saliva a repor os minerais que existem no esmalte dos dentes.
Higienização
O melhor método preventivo é a higiene bucal diária e completa após cada refeição combatendo a placa bacteriana. Esse processo deve ser feito ao amanhecer, depois das refeições, depois das guloseimas ou lanches e antes de dormir. A consulta ao seu Cirurgião-dentista semestralmente também é essencial para uma limpeza bucal completa.
fonte: Dr. Rodrigo Piozzi

Orientação Sobre Bruxismo


Apertar ou ranger os dentes durante o sono é como o bruxismo é conhecido popularmente. Esse termo é derivado do frânces “la bruxomanie”, primeiramente utilizado por Marie & Pietkiewicz em 1907. E, de acordo com a definição da Associação Americana das Desordens do Sono, o bruxismo é um tipo de movimento periódico estereotipado mandibular.


Esse hábito parafuncional é de ocorrência comum, podendo ser observado em todas as faixas etárias, com prevalência semelhante em ambos os sexos. Sua característica principal é o desgaste dentário, que pode acometer inicialmente apenas o esmalte dos dentes podendo evoluir até o desgaste de metade da altura dos dentes(Foto). Outra característica que pode ser notada, além do desgaste dentário, é a dor muscular da articulação temporomandibular (ATM), dores de cabeça podendo até atingir o ouvido, dor muscular facial relacionados aos músculos mastigatórios e dor generalizada(ver ilustração). É interessante notar que essas dores musculares são intensas ao acordar (devido ao esforço realizado pelos músculos durante o bruxismo noturno) e gradualmente vão diminuindo durante o dia.

Até o presente momento, a causa ainda não está determinada. Apesar disso, alguns estudos indicam como possíveis fatores etiológicos(causas) a tensão emocional, agressão reprimida, medo, raiva (RUGH & OHRBACH, 1988), alergias (MARKS, 1980), consumo de bebidas gasosas (MILOSEVIC et al., 1997), certas posições adotadas para dormir, como deitar com a mão entre o rosto e o travesseiro pode forçar e mudar a posição da mandíbula(Foto)(COLQUITT, 1987) e desarmonias oclusais (ARESO et al., 1999).

A terapia atual é conservadora e reversível, uma vez que a cura permanente do bruxismo é ainda desconhecida. Não há um método de tratamento conhecido para eliminar permanentemente o bruxismo; apesar disto, a forma de terapia empregada para o alívio dos sinais e sintomas de dores musculares e ATM associados ao bruxismo é a utilização de placas interoclusais(Foto) para dormir. As placas interoclusais reduzem a atividade eletromiográfica noturna dos músculos logo após sua inserção, além de protegerem os dentes do desgaste provocado por esse hábito parafuncional.



fonte: Kleber Fioretto

Cuidados Com os Dentes de Leite

"Quando nascem os dentes de leite?

Por volta do sexto mês, mas pode haver antecipação para o terceiro ou quarto mês. Geralmente, a dentição do bebê completa-se entre o vigésimo quarto e o trigésimo sexto mês.
O Bebê sente dor quando nascem os dentes de leite?
O surgimento dos dentes é uma ocorrência natural, portanto não provoca dor, nem sangramento. Entretanto, alguns sintomas podem aparecer: aumento da saliva devido à maturação das glândulas salivares e à dificuldade que o bebê tem de engolir a saliva produzida; diarréia, em conseqüência de distúrbio gastrointestinal causado pela contaminação através de objetos levados à boca pelo bebê e sucção dos dedos, principalmente em condições de higiene inadequada; febre “baixa e passageira”, provocada por substâncias que regulam a temperatura corpórea, liberadas durante o rompimento da gengiva; irritação local provocada pela pressa dos dentes na gengiva (não requerendo medicação alguma).

Os mordedores ajudam na irupção dos dentes?
Existem mordedores macios que contêm um gel no seu interior e que devem ser mantidos na geladeira. Esses mordedores, quando utilizados pelo bebê, aliviam a irritação da gengiva causada pela pressão dos dentes em erupção. Se eventualmente a irritação for grande, um anestésico tópico não irritante – aplicado 3 a 4 vezes por dia – também pode dar alívio temporário, desde que prescrito corretamente, já que ele pode ser tóxico, e sua absorção é rápida.

É necessário escovar os dentinhos do Bebê?
Sim. É importante fazer a higienização mesmo antes da erupção dos primeiros dentinhos. Para tanto, pode ser usada uma dedeira ou gaze embebida em água filtrada que deve ser esfregada delicadamente na gengiva. Após a erupção dos primeiros dentinhos, uma escova com cerdas reduzidas e macias deve ser usada, principalmente após as refeições.

O Bebê pode usar creme dental?
Quando erupcionam os primeiros dentinhos, pode-se utilizar escova de dentes somente molhada em água. Quando o bebê estiver com um maior número, o creme dental deve ser usado em pequena quantidade, o equivalente a um grão de ervilha ou até menos, visto que os bebês engolem cerca de 70% do creme dental durante a escovação; como o creme dental contém flúor, o excesso ingerido pode provocar fluorose, alterando a cor dos dentes.

E se o bebê não deixar escovar os dentes?
A mãe precisa ter paciência e tentar transformar a escovação em uma brincadeira divertida. Usar uma escova colorida ou cantar musiquinhas acompanhando os movimentos da escova pode ajudar. É interessante que o bebê a veja escovando seus próprios dentes.

Que tipo de mamadeira usar para os bebês que não podem ser amamentados no peito?
Existem mamadeiras que possuem bicos muito semelhante ao seio materno e garantem o bom posicionamento da língua durante o aleitamento. O furinho do bico deve ser estreito para forçar o bebê a sugar, o que estimula a musculatura e o crescimento da mandíbula. A posição em que o bebê toma sua mamadeira também é importante: ele deve estar inclinado e nunca completamente deitado.

A mamadeira e a chupeta podem alterar o posicionamento dos dentinhos do bebê?
Todo hábito quando prolongado prejudica o posicionamento da língua e a musculatura bucal. Deve ser planejado eliminar da rotina do bebê a chupeta e a mamadeira o mais cedo possível, até no máximo por volta dos três anos.

Antibióticos prejudicam a dentição?
Depende. Todo antibiótico ou medicamento, quando administrado, deve estar em dose adequada e sob supervisão médica e/ou odontológica.

Os Bebês podem ter cáries?
Sim o hábito de ser amamentado ou alimentado com mamadeiras com leite, chá ou qualquer líquido contendo açúcar ou mel durante o sono, principalmente à noite, pode provocar cárie de mamadeira ou de aparecimento precoce. Se não houver higienização nesse período, esse tipo de cárie acomete os dentes rapidamente, pois, durante o sono o fluxo salivar diminui. Os primeiros sinais da cárie de mamadeira constituem manchas brancas e opacas que muitas vezes passam desapercebidas pelos pais.

Quando deve ser a primeira consulta do Bebê ao dentista?
A primeira deve ser feita antes mesmo do aparecimento dos primeiros dentes. Uma consulta agradável, em ambiente amistoso, ajudará o estabelecimento de um vínculo afetivo com o dentista; também é importante um programa de educação e medidas preventivas que evitem o aparecimento de cáries e doenças gengivais.



fonte: Revista da APCD

Saúde Bucal Durante a Gravidez



Durante a gravidez, é importante lembrar que o corpo da mãe é a única fonte de nutrição para o crescimento do feto e que os dentes de leite começam a se formar a partir da 6ª semana após a concepção.

Alimentos ricos em cálcio e fósforo são especialmente benéficos durante a gravidez. A mãe deverá aumentar a ingestão de queijo, leite e peixe e substituir alimentos com alto teor de açúcar por frutas e vegetais frescos.
Alimentos açucarados devem ser evitados, porque, por volta do 4º mês de gravidez, começa a se desenvolver o paladar do bebê e, se a futura mamãe consumir muito açúcar, o bebê provavelmente irá gostar muito de doces.
A gravidez causa flutuações hormonais que podem aumentar a sensibilidade das gengivas, ocasionando doenças nas mesmas.
Ao notar que está grávida, a mulher deve informar seu dentista e manter as visitas regulares. Sempre que possível, evitar o uso do raio X (apesar da exposição ao raio x odontológico ser muito pequeno).
A rotina de escovação, uso do fio dental, enxaguatório bucal sem álcool e creme dental com flúor deverão ter atenção redobrada nesta época.


fonte: Kleber Fioretto

Dentes de Leite: Mitos e Verdades

Um dos aspectos do desenvolvimento infantil que ocasiona algumas dúvidas, entre os pais, é o período no qual irrompem os primeiros dentes decíduos. Muitas incertezas acerca desse período de transição pelo qual a criança passa são comuns entre a grande maioria da população. Boa parte dos pais nos relatam que, no período próximo à erupção dentária, seus filhos apresentam alterações significativas no comportamento. Alterações essas, que variam desde uma leve inquietação à inapetência e estados febris. Diante desse fato, inúmeras são as receitas caseiras e, numerosas as simpatias, que visam tornar menos sintomático para a criança e mais reconfortante para os pais o processo fisiológico da erupção dentária.

A dentição decídua começa a desenvolver-se intra-uterinamente e, 6 meses após o nascimento, em média, inicia-se o processo de erupção (irrompimento) dos dentes decíduos, os chamados "dentes de leite". A partir dessa época, até, aproximadamente, 24-30 meses de idade, período no qual irrompem os últimos dentes decíduos, algumas alterações são observadas na criança tanto fisiológicas quanto comportamentais.

Inicialmente, as primeiras mudanças são sentidas pelos pais, sendo muito comum, no consultório, relatarem-nos alterações no comportamento do filho no tocante à perda de apetite, choro insistente, e, aparentemente sem motivo, maior irritabilidade, inquietação durante o dia, intensificação do hábito de chupar o dedo, aumento da salivação, dentre outros. De uma forma geral, a esses sinais e sintomas , soma-se uma maior preocupação dos pais quanto a saúde da criança, ocasionando maior desgaste psicológico, bem como tornam-se mais freqüentes as visitas ao pediatra.

Nessa fase, a criança procura levar à boca, praticamente, todos aqueles objetos com os quais ela tem contato. E, muitas vezes, essa ação faz com que objetos "sujos", ou, por assim dizer, contaminados, ou até mesmo as próprias mãos e dedos sejam introduzidos na cavidade oral de forma sistemática. Dessa maneira, cria-se um ambiente propício à entrada de microorganismos, os quais poderíamos chamar de "oportunistas", que poderão levar ao surgimento de infecções intestinais (diarréia) e febre, gerando um quadro clínico de maior gravidade.

Outro ponto importante a ser abordado, quando falamos sobre erupção dentária, refere-se aos produtos comerciais "milagrosos", especialmente àqueles indicados para serem passados ou friccionados por sobre a gengiva da criança, prometendo alívio imediato dos sintomas e que, por falta de orientação, ou por uma orientação incorreta, os pais são levados a adquiri-los. É preciso cautela quanto à utilização de tais medicamentos, sendo imprescindível que tanto o pediatra quanto o odontopediatra orientem corretamente os pais quanto aos perigos da auto-medicação, mesmo que esses produtos, aparentemente, mostrem-se "comercialmente" como "inofensivos" à saúde. Nesse aspecto, cabe a esses profissionais a prescrição, se necessária, de algum medicamento tópico, com o único intuito de minimizar a sintomatologia.

Portanto, é importante fornecer informações corretas aos pais quanto à adoção de um número maior de medidas de higiene, no que diz respeito àqueles brinquedos ou objetos que fazem parte da rotina da criança, bem como, conscientizá-los, e, principalmente, tranquilizá-los, pois as alterações observadas são comuns a este período, em particular, do crescimento e desenvolvimento infantis, já que a erupção dentária é um processo fisiológico normal, e que, terminado esse período, a criança tende a voltar à "normalidade".

Placa Bacteriana

- O que é?
A placa bacteriana é um acúmulo de bactérias que se depositam sobre o dente. Ela se forma quando não há uma higienização correta dos dentes.

- Sintomas
Quando ficamos sem escovar os dentes por alguma horas já podemos sentir, com a própria língua, uma camada diferente sobre os dentes. Isso é a placa bacteriana.

- O que acontece quando não se remove a placa?
A presença da placa bacteriana é a responsável pelo processo que causará cárie, gengivite, periodontite, mau hálito, entre outras.

- Como evitar?
A correta escovação e o uso do fio dental removem a placa bacteriana. Existem alguns agentes químicos que conseguem remover a placa, mas isso só deve ser utilizado em alguns casos, com indicação do dentista ou do médico.

fonte: Kleber Fioretto

Irrupção dos Dentes

A irrupção (nascimento) dos dentes pode levar o bebê a rejeitar alimentos, ter um sono inquieto, começar a babar devido ao aumento da salivação e levar constantemente as mãos e outros objetos à boca. A irrupção pode fazê-lo chorar sem motivo aparente e associar-se ainda a outros sintomas como febre, irritabilidade, congestão, entre outros. A irrupção também pode ocorrer ao mesmo tempo que uma gripe ou outra doença; por isso, na dúvida, sempre consulte o pediatra para se ter certeza da saúde do bebê.
A boca se desenvolve de forma diferente em cada criança, mas, geralmente, o primeiro dente de leite aparece por volta dos 6 meses. Normalmente até os 3 anos de idade todos os vinte dentes de leite já nasceram. Os dentes permanentes começam a aparecer ao redor dos 6 anos, quando o 1º molar permanente (molar dos 6 anos) cresce atrás do último molar infantil.
Observe a falta de coloração ou inchaço das gengivas e peça ao dentista maiores informações sobre produtos de uso local, mordedores ou outras maneiras de aliviar o desconforto do bebê. Chupar o dedo é um hábito comum e é seguro para crianças pequenas. Entretanto, uma vez nascidos os dentes de leite, este hábito não deve continuar porque pode causar uma má oclusão.
fonte: Kleber Fioretto

Como Escovar os dentes da maneira correta.

ESCOVAR OS DENTES DE MANEIRA INCORRETA PODE CAUSAR DANOS À GENGIVA E AOS PRÓPRIOS DENTES. ESCOVE CORRETAMENTE!



As cerdas devem ser posicionadas na horizontal ao longo da linha da gengiva numa inclinação de 45° mantendo contato tanto com a superfície da gengiva como a superfície do dente. Execute movimentos suaves de "pentear", sempre no sentido gengiva-dente em ambas as faces.Faça a escovação da arcada superior do lado direito para o esquerdo e da arcada inferior do esquerdo para o direito tendo assim a certeza que não esqueceu de nenhum dente.









Nas faces oclusais dos dentes posteriores posicione as cerdas contra a superficie de mastigação fazendo movimentos para a frente e para trás.O tempo de duração recomendado para uma completa escovação é de 2 a 3 minutos.








A escova de dentes deve ser trocada após um resfriado, gripe ou qualquer doença contagiosa, ou se ela estiver com cerdas gastas ou tortas ou ainda regularmente a cada 3 ou 4 meses.Escove seus dentes sempre após as refeições.














fonte: Perfil


































Consulta Odontológica: não deveríamos nem estar discutindo, quanto mais não cobrando

Por Beatriz Helena Sottile França
Profa. Doutora da PUC-PR, UTP e UFPRNa

"Odontologia têm-se tipos diversos de consultas: a consulta clínica odontológica que se constitui além de um trabalho intelectual, também técnico e manual, e a consulta odontológica que é essencialmente intelectual e quem nem sempre precisa ser acompanhada de exame clínico. Para que um cirurgião-dentista tenha o direito à cobrança de honorários de uma consulta, basta que ele disponha os seus conhecimentos a quem solicite.
Tanto já se discutiu sobre cobrar ou não cobrar consulta clínica odontológica, e cuja discussão me parece um absurdo, mas, como todos os dias se ouve e se lê colegas cirurgiões-dentistas propagando a sua não cobrança, vale a pena rediscutir o tema.
Não cobrar uma consulta clínica odontológica é não valorizar o seu trabalho e mais do que isto, não exercer um direito que lhe é dado pela legislação.
Dispõe o Código Civil Brasileiro (Lei no 10.406, de 10 de Janeiro de 2002) – CAPÍTULO VII
– Da Prestação de Serviço. Art. 594 – Toda espécie de serviço e trabalho lícito, material ou imagem, pode ser contratado mediante remuneração.
Todo aquele que presta um serviço tem o direito garantido por lei à contraprestação pecuniária. Os honorários profissionais são uma forma diferencial de pagamento a que fazem jus os profissionais liberais autônomos pelos serviços que prestam.
Além disso, a lei no 5.081 de 24 de agosto de 1966, que regulamenta o exercício da Odontologia no Território Nacional, proíbe o profissional de prestar serviço gratuito, como se lê no artigo Art. 7º – É VEDADO AO CIRURGIÃO-DENTISTA: e) a prestação de serviço gratuito em consultórios particulares;
Não bastasse a Lei proibindo, o Código de Ética Odontológica condena a prestação de serviço gratuito por considerá-la concorrência desleal.
CAPÍTULO VII – DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS
Art. 12 - Constitui infração ética:
I – oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los adequadamente;
E o mesmo Código, dispõe na:
Seção I – DO ANÚNCIO, DA PROPAGANDA E DA PUBLICIDADE
Art. 34 - Constitui infração ética:
XI – “oferecer trabalho gratuito com intenção de autopromoção...”;
O que se observa, é que se está consolidando no exercício da profissão odontológica o costume de não se cobrar a consulta clínica. Tanto isto é verdade, que já temos ação na justiça impetrada por paciente que se sentiu aviltado porque o profissional lhe cobrou. Pior que isso, o profissional se sentiu muito mal quando ao comentar com colegas o ocorrido, ouviu destes comentários condenando-o por tê-lo feito. Mais ainda, ficou injuriado o profissional ao buscar os serviços de um advogado, e ouvir deste que não valeria a pena discutir o assunto, que o melhor seria devolver o que o autor da ação estava pedindo: a restituição do valor cobrado, em dobro.
Infelizmente, mais do que atitude da concorrência desleal, a não cobrança da consulta odontológica é desvalorização da profissão pelos próprios profissionais que a exercem.
O titulo que se conquista estudando durante metade de nossas vidas é o de cirurgião-dentista, e não como tantos se autodenominam “dentistas”. Cirurgiões-Dentistas porque diagnosticamos e procedemos, tal qual os médicos cirurgiões, e estes não deixam nunca de cobrar a consulta mesmo que não realizem a cirurgia.
Não cobrar a consulta clínica é educar de modo errado a população. É fazê-la entender que a nossa profissão é somente técnica sem ciência, é fazê-la nos ver não como profissionais de saúde que somos, mas “mecânicos da boca”, cujos profissionais ainda fazem “orçamento” e não previsão de custos.
Educar a população quanto ao valor da saúde bucal é dever de todo cirurgião-dentista, e fazê-la reconhecer a importância deste profissional no contexto social também, e estes são aspectos muito próprios de uma consulta inicial de um atendimento odontológico. A saúde é um bem muito precioso e da qual o cirurgião-dentista cuida com o seu conhecimento.
Se, já no início do atendimento do paciente, o profissional não valoriza o seu trabalho, como quer conseguir valorizar os procedimentos que virão num segundo momento? Mais ainda, como querem os cirurgiões-dentistas que os planos, convênios e credenciamentos valorizem o seu trabalho, se estes mesmos não o fazem?
Sabe-se que a jurisprudência é fonte do Direito. O risco que se corre é o de se ter uma sentença judicial declarando que não é costume o cirurgião-dentista cobrar consulta.
É de se pensar seriamente, e de se mudar de atitude antes que seja tarde demais."
Texto publicado originalmente na Revista Clínica de Ortodontia Dental Press e posteriormente publicada na Revista Gazeta – Jornal Oficial da ABOR

fonte: Revista Gazeta – Jornal Oficial da ABOR

Expressões errôneas utilizadas na Odontologia

"A seguir, algumas expressões utilizadas na Odontologia de forma inadequada:
Bruxismo: em Odontologia, costuma-se definir como a ação de ranger os dentes durante o sono. Vem de “bruxomania”, que é uma adaptação irregular do grego brýchein, “ranger os dentes”. O termo mais adequado para o caso seria “frendente” (que frende, que range os dentes).
Limpeza de tártaro: expressão errônea utilizada pelos que praticam a periodontia. Limpar o tártaro de um dente é como se usasse escovas ou instrumentos e limpasse aquele tártaro que estivesse aderido ao dente. Ninguém limpa o tártaro se limpa o dente. O tártaro é removido e a expressão correta é “remoção de tártaro”.
Tratamento: esta é uma palavra que é copiosamente escrita de forma errônea, não só na Odontologia, como em todas as ciências da saúde. No artigo da autora Viviane Freire Martins, o ilustre professor Luiz Soares Vianna recomenda o uso de “tratar a lesão cariosa, tratar a lesão pulpar, tratar a lesão gengival, etc...”. Que me perdoe o renomado professor, mas ninguém trata de doença; trata de paciente com doença. Se uma paciente tem uma lesão pulpar, nós tratamos o paciente com a lesão pulpar, e não a lesão pulpar. O objetivo principal de tudo isso é curar aquele paciente daquela lesão pulpar.
Tratamento Ortodôntico: expressão costumeira usada em Odontologia, particularmente por aqueles que praticam a Ortodontia. A palavra “ortodôntico” jamais deveria vir agregada à tratamento. Tenho certeza que ninguém jamais ouviu a expressão “tratamento radiológico”, no entanto, essa modalidade de submeter o paciente a uma radiografia existe. Tenho certeza que ninguém jamais ouviu a expressão “tratamento anestésico”, todavia, essa modalidade de submeter o paciente à uma anestesia existe. Primeiro devemos levar em conta que “ortodôntico” não é doença e não existe paciente com a doença “ortodôntico”. O mais certo e correto para o caso, seria usar a expressão “procedimento ortodôntico” ou “correção ortodôntica”, em vez de tratamento ortodôntico.Do mesmo modo, as expressões “tratamento dentário”, “tratamento restaurador”, “tratamento cirúrgico”, são usados dentro da Odontologia, o que é errado. Correto seria dizer “procedimento restaurador”, “procedimento cirúrgico”.
Tratamento Preventivo: como se não bastasse, criaram a figura de um “tratamento preventivo”, ou seja, inventaram um tipo de tratamento para uma doença que ainda nem foi instalada. Como é tratar preventivamente um paciente que ainda nem teve a doença? O mais sensato seria usar o termo “medidas preventivas”, “medidas profiláticas” ou “medidas preservativas”, etc...
Bordo Gengival: quem não ouviu falar da expressão “bordo gengival”? A palavra “bordo” está relacionada à linguagem náutica (embarcação, navio, etc... – “a bordo” = dentro da embarcação). Em apenas um caso, “bordo” é usado como margem, que é em Botânica (“bordo foliar” = margem da folha). O certo seria “borda gengival” que corresponderia à extremidade da superfície da gengiva.
ACD – Atendente de Consultório Dentário: não é só uma expressão, é uma profissão (Pasmem! Legalmente criada pelo Conselho Federal de Odontologia e prestes a ser regulamentada pelo Conselho Nacional). Vemos aí dois erros graves: o primeiro é a palavra “dentário” inserida erroneamente na profissão; “dentário” relaciona-se a dente e tenho certeza que a profissão não está relacionada a dente; segundo, a expressão “atendente”, no sentido de “dar atenção à” quer dizer prestar serviço; servir, aviar. A profissão não serve ao consultório, e sim ao profissional. Porque não adequar a profissão para “APO – Auxiliar do Profissional da Odontologia” ou “ACD – Auxiliar do Cirurgião-Dentista”? Seria um profissional que auxiliaria o Cirurgião-Dentista em seu consultório, agendando consultas, preparando materiais, etc..."
Texto: Edival Toscano Varandas (João Pessoa - PB)