quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quais são os recursos para a limpeza das próteses totais?


Muitos pacientes portadores de prótese total (P T) não a mantêm limpa. O resultado da má higiene é o acúmulo de placa e/ou de restos alimentares na superfície da prótese total e dos tecidos bucais (rebordo residual, palato, bochechas e língua).

A parte interna do aparelho protético é a região onde ocorre maior acúmulo de placa, que é o fator causal de várias patogenias bucais, como estomatites. É importante salientar que um bom polimento irá contribuir para a manutenção da limpeza da prótese, uma vez que os poros propiciam o depósito de resíduos.

O uso de agentes para limpeza das próteses é essencial para prevenir não só o acúmulo de placa, como também o mau odor e as alterações na estética, principalmente por adesão de pigmentos. Existe no mercado internacional um grande número de soluções, cremes dentais, pós, escovas e aparelhos para auxiliar na higienização das próteses. Porém, no Brasil, não existe tanta diversidade desses produtos.

Quanto ao seu efeito, esses agentes se dividem em: limpadores químicos e mecânicos. Os agentes de limpeza deveriam, idealmente, remover depósitos de substâncias orgânicas e inorgânicas das PTs, conter propriedades bactericidas e fungicidas e ser de baixo custo, para estimular seu uso contínuo.

A escova é o agente mecânico mais utilizado. Deve-se dar preferência à utilização de escovas com formato adequado e tipos de cerdas desenvolvidos especificamente para a higiene de dentaduras. É importante salientar que pacientes portadores de prolapso de válvula mitral, pacientes anteriormente submetidos a cirurgia cardiovascular, pacientes imunodeprimidos (pós-transplantados, esplenectomizados, submetidos a quimioterapia) ou imunossuprimidos (com AIDS) devem receber orientação especialmente rigorosa e detalhada, em que se deve incluir uma troca mais freqüente das escovas, a fim de diminuir o número de microorganismos acumulados nas mesmas, dado o risco maior de complicações infecciosas sistêmicas (endocardites bacterianas).

O uso de aparelhos ultra-sônicos também é eficaz como coadjuvante. Dentre os agentes químicos, o hipoclorito de sódio foi uma das primeiras soluções a ser utilizada, devido à sua capacidade de remover pigmentos e por seu poder bactericida e fungicida. Contudo, a grande desvantagem é que essa substância pode provocar clareamento da resina acrílica, dependendo da sua concentração e do tempo de imersão.

Quanto aos cremes dentais, os de baixo índice de abrasividade são mais indicados, pois mantêm a integridade das próteses. O uso de peróxidos em forma de pastilhas ou pós reduz ou elimina a colonização dos Streptococcus mutans, mas não inibe a colonização da Candida albicans, e alguns são contra-indicados para próteses que tenham sido reembasadas com material resiliente.

Destacam-se ainda, como soluções de limpeza, o bicarbonato de sódio e o perborato de sódio, sendo esse último comercializado no mercado nacional em forma de sachê. O paciente deve ser bem orientado quanto ao uso dos agentes de limpeza adequados para a prótese. Toda essa orientação deve ser, tanto quanto possível, personalizada e dimensionada para a compreensão do paciente (e familiares), no sentido de se evitar, por exemplo, o uso de bochechos com substâncias apropriadas para a limpeza das próteses, o que poderia causar sérios danos teciduais locais.

Assim sendo, na cavidade bucal, usar líquidos adstringentes suaves ou anti-sépticos bucais após a escovação de toda mucosa coberta pela dentadura e da língua. Isso sempre depois de cada refeição. Alguns autores relatam que o uso de prótese somente durante o dia é melhor do que de dia e de noite, principalmente os casos de pacientes portadores de sobredentaduras (''overdentures'') ou que possuam dentes no arco antagonista. Em seus trabalhos, mostram que a redução do risco de cáries e doenças periodontais é significativamente maior nos pacientes que permanecem com a prótese somente no decorrer do dia.

Cabe ao paciente manter a higiene bucal na rotina diária. Cabe ao Cirurgião-Dentista instruir o paciente sobre os recursos dessa higiene. Assim, o profissional estará indo ao encontro do objetivo de uma odontologia preventiva com otimização do trabalho executado.

A Amamentação e a Odontologia


A amamentação tem sido incentivada por ser o leite materno não só o alimento mais completo e digestivo para crianças de até um ano de idade, como também por ter ação imunizantes, protegendo-as de diversas doenças. Crianças aleitadas no peito tem melhor desenvolvimento mental e maior equilíbrio emocional. A amamentação é gratificante para a mãe e interfere beneficamente na saúde da mulher, por exemplo, diminuindo a probabilidade de câncer de mama, ajudando na involução do útero e na depressão pós-parto. Hoje, diz-se que o leite materno é ecologicamente correto, pois não consome recursos naturais em sua produção e não gera lixo como ocorre com os leites artificiais, além de ser mais barato.

Porém, poucos sabem que a amamentação tem reflexos futuros na fala, respiração e dentição da criança.
Um exercício muito importante
Quando a criança é amamentada, está não só sendo alimentada, como também fazendo um exercício físico importante para desenvolver sua ossatura e musculatura bucal. Ao nascer, o bebê tem o maxilar inferior muito pequeno, que irá alcançar equilíbrio no tamanho em relação ao maxilar superior tendo seu crescimento estimulado pela sucção do peito. Toda a musculatura bucal é desenvolvida, músculos externos e internos, que, solicitados, desenvolvem os ossos.

Mamar no peito não é fácil, daí o bebê ficar bastante transpirado. Esse exercício é o responsável inicial no crescimento harmonioso da face e dentição. Usando mamadeira, esse exercício é quase inexistente, e a preferência do nenê pela mamadeira vem da facilidade com a qual ela ganha o leite, principalmente quando este flui por um furo generoso no bico. Para exercitar-se com maior eficiência, a posição durante a mamada é importante: a criança deverá ficar o mais verticalizada, o que também facilita a deglutição do leite.
Uma atitude na tentativa de evitar apinhamento dental (dentes ‘’encavalados’’)
Maxilares melhor desenvolvidos propiciarão um melhor alinhamento da dentição, diminuindo a necessidade futura de aparelhos ortodônticos. Músculos firmes ajudarão na fala. Durante a amamentação, aprende-se respirar corretamente pelo nariz, evitando amigdalite, pneumonia, entre outras doenças. Quando a criança respira pela boca, os dentes ressecados ficam mais expostos à cárie e as gengivas ficam inflamadas, os maxilares tendem a sofrer deformações e os dentes, a ficar ‘’encavalados’’, aumentando também o processo de cárie.
A amamentação prepara o bebê para a mastigação
A mamadeira costuma tornar-se uma companheira para a criança ao longo de anos, habituando-a a uma dieta mole e adocicada, que aumenta o risco de cárie (cárie de mamadeira); a criança tende a recusar alimentos que requeiram mastigação. Depois da amamentação, a mastigação. Depois da amamentação, a mastigação correta continuará a tarefa de exercitar ossos e músculos. A amamentação prepara a criança para a mastigação. Muitas mães reclamam que seus filhos, já crescidos, não mastigam corretamente e recusam verduras e frutas, apreciando apenas doces e iogurtes. Esquecem-se essas mães de que o que os habitou a essa dieta foi o uso prolongado de mamadeira. Mastigação incorreta pode levar também a problemas de obesidade e de estômago.
Evitando hábitos prejudiciais.
Atrelada à mamadeira, vem a chupeta, que também é usada normalmente por muito tempo, e o hábito de chupar o dedo, afetando o posicionamento dos dentes e trazendo também conseqüências danosa à fala e à respiração.
Abandono a mamadeira
A partir dos quatro meses, quando a mãe lentamente começar a introduzir outros alimentos (desmame), deverá fazê-lo usando apenas copos e colheres, evitando uso de mamadeira ou ‘’chuquinha’’.
Prevenindo a cárie
A primeira consulta odontológica de uma criança deveria ser antes do nascimento de seu primeiro dentinho; nesse primeiro encontro, a odontopediatra orientaria a respeito da higienização, dieta e como proceder quando os dentes começarem a irromper e a incomodar o bebê. Entre outras coisas, aconselharia os pais a acostumarem-se a levar seus bebês ao dentista, assim como os levam ao pediatra, no sentido de se poder acompanhar de perto o desenvolvimento destes na tentativa da erradicação da doença cárie.
fonte: Revista APCD

Como Usar o Fio Dental




1- Pegue um pedaço de 45 cm de fio dental, enrole as pontas em volta dos dedos médios e estique.Controle os movimentos do fio dental com o dedão.








2-Devagar e com cuidado, passe o fio dental entre os dentes , indo para cima e para baixo.






3-Use um pedaço limpo de fio dental para cada dente.




4-Para aprender rapidinho, peça a ajuda de um adulto ou Cirurgião-Dentista.

Sistema de Prevenção

Esse sistema visa combater a principal causa da cárie e das doenças periodontais que é a placa bacteriana, que se forma pelo acúmulo de alimentos e a degradação do mesmo.

A degradação dos alimentos fornece a nutrição para os microorganismos que se organizam nas superfícies dentárias e tecidos moles da boca formando a placa bacteriana. Nas superfícies dentárias essa placa bacteriana libera subprodutos que causam a desmineralização dos dentes que é o início da cárie. Essa degradação de alimentos também é, na maioria dos casos, uma das principais causas do mau hálito pelo seu odor forte.

A prevenção hoje é a base da odontologia, buscando sempre evitar a perda dos tecidos dentários e principalmente do elemento dentário. Apesar de toda a evolução da odontologia e de seus materiais, nenhum material substitui perfeitamente o dente e seus tecidos perdidos.

Quanto mais a cárie e os outros processos patológicos evoluem, mais complexos serão os procedimentos, maiores serão os custos e os prognósticos mais incertos.
Quando iniciar a prevenção?
Idealmente a prevenção deve ser iniciada por volta dos seis meses de vida do recém nascido para ser iniciada as instruções de como prevenir a cárie e o que pode ser feito para os dentes “nascerem” da melhor forma possível. Instruções também sobre a dieta, como higienizar a boca do recém nascido e da criança, quando começar a usar a escova de dente, a pasta dentária e o flúor.

Papel fundamental da prevenção também é a conscientização das gestantes do que pode ser maléfico à dentição de seus filhos e os hábitos que podem ser deletérios para o crescimento e desenvolvimento crâniofacial e da dentição.

O sistema preventivo da Perfil, busca a melhoria das condições bucais do paciente e para isso os pontos essenciais são as técnicas de higienização (para limpar as superfícies dentárias, eliminando a placa bacteriana, fortalecendo o esmalte e deixando sabor refrescante na boca) e a conscientização do paciente.
Este sistema é composto de:
- Exame clínico e documentação do paciente.
- Profilaxia do paciente.
- Ensino da escovação e uso do fio dental, além da escovação supervisionada na clínica.
- Gráfico de desempenho e evolução do paciente com controle do número de cáries em longo prazo.
- Instrução da dieta e conscientização de que uma dieta balanceada é importante tanto para a saúde bucal quanto para a saúde de um modo geral.
- Uso racional do flúor.
- Profilaxia semestral.
Com esses passos o sistema atua em dois sentidos:
· Educação do paciente quanto à saúde bucal, sobre o que é benéfico e o que é maléfico para a mesma. É o desenvolvimento no próprio paciente da sua conscientização sobre a importância dos seus dentes buscando atitudes para a mudança de seu comportamento.

· Fase preventiva propriamente dita, na qual uma equipe de profissionais utiliza as técnicas da odontologia a favor da saúde do paciente.

Essa é a preocupação do Cirurgião-Dentista, ou seja, o bem estar físico e mental do paciente, ajudando a população a ter uma melhoria na qualidade de vida de acordo com o aumento da expectativa de vida que a população atinge.
Fio dental - é utilizado para remover a placa entre os dentes onde a escova não alcança, sendo uma região de grande acúmulo de placa bacteriana.
Pasta dentária - Age como um detergente bucal para limpeza, dissolvendo e eliminando a terrível placa bacteriana. Também possui flúor.
Escova de dente - Age pela limpeza mecânica dos dentes. A escova ideal deve possuir cabeça pequena, cerdas de nylon arredondadas e macias e com cabo reto anatômico.
Flúor - Substância que complementa a higiene bucal fortalecendo os dentes. O ideal é usa-lo antes de dormir para auxiliar a saliva a repor os minerais que existem no esmalte dos dentes.
Higienização
O melhor método preventivo é a higiene bucal diária e completa após cada refeição combatendo a placa bacteriana. Esse processo deve ser feito ao amanhecer, depois das refeições, depois das guloseimas ou lanches e antes de dormir. A consulta ao seu Cirurgião-dentista semestralmente também é essencial para uma limpeza bucal completa.
fonte: Dr. Rodrigo Piozzi

Orientação Sobre Bruxismo


Apertar ou ranger os dentes durante o sono é como o bruxismo é conhecido popularmente. Esse termo é derivado do frânces “la bruxomanie”, primeiramente utilizado por Marie & Pietkiewicz em 1907. E, de acordo com a definição da Associação Americana das Desordens do Sono, o bruxismo é um tipo de movimento periódico estereotipado mandibular.


Esse hábito parafuncional é de ocorrência comum, podendo ser observado em todas as faixas etárias, com prevalência semelhante em ambos os sexos. Sua característica principal é o desgaste dentário, que pode acometer inicialmente apenas o esmalte dos dentes podendo evoluir até o desgaste de metade da altura dos dentes(Foto). Outra característica que pode ser notada, além do desgaste dentário, é a dor muscular da articulação temporomandibular (ATM), dores de cabeça podendo até atingir o ouvido, dor muscular facial relacionados aos músculos mastigatórios e dor generalizada(ver ilustração). É interessante notar que essas dores musculares são intensas ao acordar (devido ao esforço realizado pelos músculos durante o bruxismo noturno) e gradualmente vão diminuindo durante o dia.

Até o presente momento, a causa ainda não está determinada. Apesar disso, alguns estudos indicam como possíveis fatores etiológicos(causas) a tensão emocional, agressão reprimida, medo, raiva (RUGH & OHRBACH, 1988), alergias (MARKS, 1980), consumo de bebidas gasosas (MILOSEVIC et al., 1997), certas posições adotadas para dormir, como deitar com a mão entre o rosto e o travesseiro pode forçar e mudar a posição da mandíbula(Foto)(COLQUITT, 1987) e desarmonias oclusais (ARESO et al., 1999).

A terapia atual é conservadora e reversível, uma vez que a cura permanente do bruxismo é ainda desconhecida. Não há um método de tratamento conhecido para eliminar permanentemente o bruxismo; apesar disto, a forma de terapia empregada para o alívio dos sinais e sintomas de dores musculares e ATM associados ao bruxismo é a utilização de placas interoclusais(Foto) para dormir. As placas interoclusais reduzem a atividade eletromiográfica noturna dos músculos logo após sua inserção, além de protegerem os dentes do desgaste provocado por esse hábito parafuncional.



fonte: Kleber Fioretto

Cuidados Com os Dentes de Leite

"Quando nascem os dentes de leite?

Por volta do sexto mês, mas pode haver antecipação para o terceiro ou quarto mês. Geralmente, a dentição do bebê completa-se entre o vigésimo quarto e o trigésimo sexto mês.
O Bebê sente dor quando nascem os dentes de leite?
O surgimento dos dentes é uma ocorrência natural, portanto não provoca dor, nem sangramento. Entretanto, alguns sintomas podem aparecer: aumento da saliva devido à maturação das glândulas salivares e à dificuldade que o bebê tem de engolir a saliva produzida; diarréia, em conseqüência de distúrbio gastrointestinal causado pela contaminação através de objetos levados à boca pelo bebê e sucção dos dedos, principalmente em condições de higiene inadequada; febre “baixa e passageira”, provocada por substâncias que regulam a temperatura corpórea, liberadas durante o rompimento da gengiva; irritação local provocada pela pressa dos dentes na gengiva (não requerendo medicação alguma).

Os mordedores ajudam na irupção dos dentes?
Existem mordedores macios que contêm um gel no seu interior e que devem ser mantidos na geladeira. Esses mordedores, quando utilizados pelo bebê, aliviam a irritação da gengiva causada pela pressão dos dentes em erupção. Se eventualmente a irritação for grande, um anestésico tópico não irritante – aplicado 3 a 4 vezes por dia – também pode dar alívio temporário, desde que prescrito corretamente, já que ele pode ser tóxico, e sua absorção é rápida.

É necessário escovar os dentinhos do Bebê?
Sim. É importante fazer a higienização mesmo antes da erupção dos primeiros dentinhos. Para tanto, pode ser usada uma dedeira ou gaze embebida em água filtrada que deve ser esfregada delicadamente na gengiva. Após a erupção dos primeiros dentinhos, uma escova com cerdas reduzidas e macias deve ser usada, principalmente após as refeições.

O Bebê pode usar creme dental?
Quando erupcionam os primeiros dentinhos, pode-se utilizar escova de dentes somente molhada em água. Quando o bebê estiver com um maior número, o creme dental deve ser usado em pequena quantidade, o equivalente a um grão de ervilha ou até menos, visto que os bebês engolem cerca de 70% do creme dental durante a escovação; como o creme dental contém flúor, o excesso ingerido pode provocar fluorose, alterando a cor dos dentes.

E se o bebê não deixar escovar os dentes?
A mãe precisa ter paciência e tentar transformar a escovação em uma brincadeira divertida. Usar uma escova colorida ou cantar musiquinhas acompanhando os movimentos da escova pode ajudar. É interessante que o bebê a veja escovando seus próprios dentes.

Que tipo de mamadeira usar para os bebês que não podem ser amamentados no peito?
Existem mamadeiras que possuem bicos muito semelhante ao seio materno e garantem o bom posicionamento da língua durante o aleitamento. O furinho do bico deve ser estreito para forçar o bebê a sugar, o que estimula a musculatura e o crescimento da mandíbula. A posição em que o bebê toma sua mamadeira também é importante: ele deve estar inclinado e nunca completamente deitado.

A mamadeira e a chupeta podem alterar o posicionamento dos dentinhos do bebê?
Todo hábito quando prolongado prejudica o posicionamento da língua e a musculatura bucal. Deve ser planejado eliminar da rotina do bebê a chupeta e a mamadeira o mais cedo possível, até no máximo por volta dos três anos.

Antibióticos prejudicam a dentição?
Depende. Todo antibiótico ou medicamento, quando administrado, deve estar em dose adequada e sob supervisão médica e/ou odontológica.

Os Bebês podem ter cáries?
Sim o hábito de ser amamentado ou alimentado com mamadeiras com leite, chá ou qualquer líquido contendo açúcar ou mel durante o sono, principalmente à noite, pode provocar cárie de mamadeira ou de aparecimento precoce. Se não houver higienização nesse período, esse tipo de cárie acomete os dentes rapidamente, pois, durante o sono o fluxo salivar diminui. Os primeiros sinais da cárie de mamadeira constituem manchas brancas e opacas que muitas vezes passam desapercebidas pelos pais.

Quando deve ser a primeira consulta do Bebê ao dentista?
A primeira deve ser feita antes mesmo do aparecimento dos primeiros dentes. Uma consulta agradável, em ambiente amistoso, ajudará o estabelecimento de um vínculo afetivo com o dentista; também é importante um programa de educação e medidas preventivas que evitem o aparecimento de cáries e doenças gengivais.



fonte: Revista da APCD

Saúde Bucal Durante a Gravidez



Durante a gravidez, é importante lembrar que o corpo da mãe é a única fonte de nutrição para o crescimento do feto e que os dentes de leite começam a se formar a partir da 6ª semana após a concepção.

Alimentos ricos em cálcio e fósforo são especialmente benéficos durante a gravidez. A mãe deverá aumentar a ingestão de queijo, leite e peixe e substituir alimentos com alto teor de açúcar por frutas e vegetais frescos.
Alimentos açucarados devem ser evitados, porque, por volta do 4º mês de gravidez, começa a se desenvolver o paladar do bebê e, se a futura mamãe consumir muito açúcar, o bebê provavelmente irá gostar muito de doces.
A gravidez causa flutuações hormonais que podem aumentar a sensibilidade das gengivas, ocasionando doenças nas mesmas.
Ao notar que está grávida, a mulher deve informar seu dentista e manter as visitas regulares. Sempre que possível, evitar o uso do raio X (apesar da exposição ao raio x odontológico ser muito pequeno).
A rotina de escovação, uso do fio dental, enxaguatório bucal sem álcool e creme dental com flúor deverão ter atenção redobrada nesta época.


fonte: Kleber Fioretto

Dentes de Leite: Mitos e Verdades

Um dos aspectos do desenvolvimento infantil que ocasiona algumas dúvidas, entre os pais, é o período no qual irrompem os primeiros dentes decíduos. Muitas incertezas acerca desse período de transição pelo qual a criança passa são comuns entre a grande maioria da população. Boa parte dos pais nos relatam que, no período próximo à erupção dentária, seus filhos apresentam alterações significativas no comportamento. Alterações essas, que variam desde uma leve inquietação à inapetência e estados febris. Diante desse fato, inúmeras são as receitas caseiras e, numerosas as simpatias, que visam tornar menos sintomático para a criança e mais reconfortante para os pais o processo fisiológico da erupção dentária.

A dentição decídua começa a desenvolver-se intra-uterinamente e, 6 meses após o nascimento, em média, inicia-se o processo de erupção (irrompimento) dos dentes decíduos, os chamados "dentes de leite". A partir dessa época, até, aproximadamente, 24-30 meses de idade, período no qual irrompem os últimos dentes decíduos, algumas alterações são observadas na criança tanto fisiológicas quanto comportamentais.

Inicialmente, as primeiras mudanças são sentidas pelos pais, sendo muito comum, no consultório, relatarem-nos alterações no comportamento do filho no tocante à perda de apetite, choro insistente, e, aparentemente sem motivo, maior irritabilidade, inquietação durante o dia, intensificação do hábito de chupar o dedo, aumento da salivação, dentre outros. De uma forma geral, a esses sinais e sintomas , soma-se uma maior preocupação dos pais quanto a saúde da criança, ocasionando maior desgaste psicológico, bem como tornam-se mais freqüentes as visitas ao pediatra.

Nessa fase, a criança procura levar à boca, praticamente, todos aqueles objetos com os quais ela tem contato. E, muitas vezes, essa ação faz com que objetos "sujos", ou, por assim dizer, contaminados, ou até mesmo as próprias mãos e dedos sejam introduzidos na cavidade oral de forma sistemática. Dessa maneira, cria-se um ambiente propício à entrada de microorganismos, os quais poderíamos chamar de "oportunistas", que poderão levar ao surgimento de infecções intestinais (diarréia) e febre, gerando um quadro clínico de maior gravidade.

Outro ponto importante a ser abordado, quando falamos sobre erupção dentária, refere-se aos produtos comerciais "milagrosos", especialmente àqueles indicados para serem passados ou friccionados por sobre a gengiva da criança, prometendo alívio imediato dos sintomas e que, por falta de orientação, ou por uma orientação incorreta, os pais são levados a adquiri-los. É preciso cautela quanto à utilização de tais medicamentos, sendo imprescindível que tanto o pediatra quanto o odontopediatra orientem corretamente os pais quanto aos perigos da auto-medicação, mesmo que esses produtos, aparentemente, mostrem-se "comercialmente" como "inofensivos" à saúde. Nesse aspecto, cabe a esses profissionais a prescrição, se necessária, de algum medicamento tópico, com o único intuito de minimizar a sintomatologia.

Portanto, é importante fornecer informações corretas aos pais quanto à adoção de um número maior de medidas de higiene, no que diz respeito àqueles brinquedos ou objetos que fazem parte da rotina da criança, bem como, conscientizá-los, e, principalmente, tranquilizá-los, pois as alterações observadas são comuns a este período, em particular, do crescimento e desenvolvimento infantis, já que a erupção dentária é um processo fisiológico normal, e que, terminado esse período, a criança tende a voltar à "normalidade".

Placa Bacteriana

- O que é?
A placa bacteriana é um acúmulo de bactérias que se depositam sobre o dente. Ela se forma quando não há uma higienização correta dos dentes.

- Sintomas
Quando ficamos sem escovar os dentes por alguma horas já podemos sentir, com a própria língua, uma camada diferente sobre os dentes. Isso é a placa bacteriana.

- O que acontece quando não se remove a placa?
A presença da placa bacteriana é a responsável pelo processo que causará cárie, gengivite, periodontite, mau hálito, entre outras.

- Como evitar?
A correta escovação e o uso do fio dental removem a placa bacteriana. Existem alguns agentes químicos que conseguem remover a placa, mas isso só deve ser utilizado em alguns casos, com indicação do dentista ou do médico.

fonte: Kleber Fioretto

Irrupção dos Dentes

A irrupção (nascimento) dos dentes pode levar o bebê a rejeitar alimentos, ter um sono inquieto, começar a babar devido ao aumento da salivação e levar constantemente as mãos e outros objetos à boca. A irrupção pode fazê-lo chorar sem motivo aparente e associar-se ainda a outros sintomas como febre, irritabilidade, congestão, entre outros. A irrupção também pode ocorrer ao mesmo tempo que uma gripe ou outra doença; por isso, na dúvida, sempre consulte o pediatra para se ter certeza da saúde do bebê.
A boca se desenvolve de forma diferente em cada criança, mas, geralmente, o primeiro dente de leite aparece por volta dos 6 meses. Normalmente até os 3 anos de idade todos os vinte dentes de leite já nasceram. Os dentes permanentes começam a aparecer ao redor dos 6 anos, quando o 1º molar permanente (molar dos 6 anos) cresce atrás do último molar infantil.
Observe a falta de coloração ou inchaço das gengivas e peça ao dentista maiores informações sobre produtos de uso local, mordedores ou outras maneiras de aliviar o desconforto do bebê. Chupar o dedo é um hábito comum e é seguro para crianças pequenas. Entretanto, uma vez nascidos os dentes de leite, este hábito não deve continuar porque pode causar uma má oclusão.
fonte: Kleber Fioretto

Como Escovar os dentes da maneira correta.

ESCOVAR OS DENTES DE MANEIRA INCORRETA PODE CAUSAR DANOS À GENGIVA E AOS PRÓPRIOS DENTES. ESCOVE CORRETAMENTE!



As cerdas devem ser posicionadas na horizontal ao longo da linha da gengiva numa inclinação de 45° mantendo contato tanto com a superfície da gengiva como a superfície do dente. Execute movimentos suaves de "pentear", sempre no sentido gengiva-dente em ambas as faces.Faça a escovação da arcada superior do lado direito para o esquerdo e da arcada inferior do esquerdo para o direito tendo assim a certeza que não esqueceu de nenhum dente.









Nas faces oclusais dos dentes posteriores posicione as cerdas contra a superficie de mastigação fazendo movimentos para a frente e para trás.O tempo de duração recomendado para uma completa escovação é de 2 a 3 minutos.








A escova de dentes deve ser trocada após um resfriado, gripe ou qualquer doença contagiosa, ou se ela estiver com cerdas gastas ou tortas ou ainda regularmente a cada 3 ou 4 meses.Escove seus dentes sempre após as refeições.














fonte: Perfil


































Consulta Odontológica: não deveríamos nem estar discutindo, quanto mais não cobrando

Por Beatriz Helena Sottile França
Profa. Doutora da PUC-PR, UTP e UFPRNa

"Odontologia têm-se tipos diversos de consultas: a consulta clínica odontológica que se constitui além de um trabalho intelectual, também técnico e manual, e a consulta odontológica que é essencialmente intelectual e quem nem sempre precisa ser acompanhada de exame clínico. Para que um cirurgião-dentista tenha o direito à cobrança de honorários de uma consulta, basta que ele disponha os seus conhecimentos a quem solicite.
Tanto já se discutiu sobre cobrar ou não cobrar consulta clínica odontológica, e cuja discussão me parece um absurdo, mas, como todos os dias se ouve e se lê colegas cirurgiões-dentistas propagando a sua não cobrança, vale a pena rediscutir o tema.
Não cobrar uma consulta clínica odontológica é não valorizar o seu trabalho e mais do que isto, não exercer um direito que lhe é dado pela legislação.
Dispõe o Código Civil Brasileiro (Lei no 10.406, de 10 de Janeiro de 2002) – CAPÍTULO VII
– Da Prestação de Serviço. Art. 594 – Toda espécie de serviço e trabalho lícito, material ou imagem, pode ser contratado mediante remuneração.
Todo aquele que presta um serviço tem o direito garantido por lei à contraprestação pecuniária. Os honorários profissionais são uma forma diferencial de pagamento a que fazem jus os profissionais liberais autônomos pelos serviços que prestam.
Além disso, a lei no 5.081 de 24 de agosto de 1966, que regulamenta o exercício da Odontologia no Território Nacional, proíbe o profissional de prestar serviço gratuito, como se lê no artigo Art. 7º – É VEDADO AO CIRURGIÃO-DENTISTA: e) a prestação de serviço gratuito em consultórios particulares;
Não bastasse a Lei proibindo, o Código de Ética Odontológica condena a prestação de serviço gratuito por considerá-la concorrência desleal.
CAPÍTULO VII – DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS
Art. 12 - Constitui infração ética:
I – oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los adequadamente;
E o mesmo Código, dispõe na:
Seção I – DO ANÚNCIO, DA PROPAGANDA E DA PUBLICIDADE
Art. 34 - Constitui infração ética:
XI – “oferecer trabalho gratuito com intenção de autopromoção...”;
O que se observa, é que se está consolidando no exercício da profissão odontológica o costume de não se cobrar a consulta clínica. Tanto isto é verdade, que já temos ação na justiça impetrada por paciente que se sentiu aviltado porque o profissional lhe cobrou. Pior que isso, o profissional se sentiu muito mal quando ao comentar com colegas o ocorrido, ouviu destes comentários condenando-o por tê-lo feito. Mais ainda, ficou injuriado o profissional ao buscar os serviços de um advogado, e ouvir deste que não valeria a pena discutir o assunto, que o melhor seria devolver o que o autor da ação estava pedindo: a restituição do valor cobrado, em dobro.
Infelizmente, mais do que atitude da concorrência desleal, a não cobrança da consulta odontológica é desvalorização da profissão pelos próprios profissionais que a exercem.
O titulo que se conquista estudando durante metade de nossas vidas é o de cirurgião-dentista, e não como tantos se autodenominam “dentistas”. Cirurgiões-Dentistas porque diagnosticamos e procedemos, tal qual os médicos cirurgiões, e estes não deixam nunca de cobrar a consulta mesmo que não realizem a cirurgia.
Não cobrar a consulta clínica é educar de modo errado a população. É fazê-la entender que a nossa profissão é somente técnica sem ciência, é fazê-la nos ver não como profissionais de saúde que somos, mas “mecânicos da boca”, cujos profissionais ainda fazem “orçamento” e não previsão de custos.
Educar a população quanto ao valor da saúde bucal é dever de todo cirurgião-dentista, e fazê-la reconhecer a importância deste profissional no contexto social também, e estes são aspectos muito próprios de uma consulta inicial de um atendimento odontológico. A saúde é um bem muito precioso e da qual o cirurgião-dentista cuida com o seu conhecimento.
Se, já no início do atendimento do paciente, o profissional não valoriza o seu trabalho, como quer conseguir valorizar os procedimentos que virão num segundo momento? Mais ainda, como querem os cirurgiões-dentistas que os planos, convênios e credenciamentos valorizem o seu trabalho, se estes mesmos não o fazem?
Sabe-se que a jurisprudência é fonte do Direito. O risco que se corre é o de se ter uma sentença judicial declarando que não é costume o cirurgião-dentista cobrar consulta.
É de se pensar seriamente, e de se mudar de atitude antes que seja tarde demais."
Texto publicado originalmente na Revista Clínica de Ortodontia Dental Press e posteriormente publicada na Revista Gazeta – Jornal Oficial da ABOR

fonte: Revista Gazeta – Jornal Oficial da ABOR

Expressões errôneas utilizadas na Odontologia

"A seguir, algumas expressões utilizadas na Odontologia de forma inadequada:
Bruxismo: em Odontologia, costuma-se definir como a ação de ranger os dentes durante o sono. Vem de “bruxomania”, que é uma adaptação irregular do grego brýchein, “ranger os dentes”. O termo mais adequado para o caso seria “frendente” (que frende, que range os dentes).
Limpeza de tártaro: expressão errônea utilizada pelos que praticam a periodontia. Limpar o tártaro de um dente é como se usasse escovas ou instrumentos e limpasse aquele tártaro que estivesse aderido ao dente. Ninguém limpa o tártaro se limpa o dente. O tártaro é removido e a expressão correta é “remoção de tártaro”.
Tratamento: esta é uma palavra que é copiosamente escrita de forma errônea, não só na Odontologia, como em todas as ciências da saúde. No artigo da autora Viviane Freire Martins, o ilustre professor Luiz Soares Vianna recomenda o uso de “tratar a lesão cariosa, tratar a lesão pulpar, tratar a lesão gengival, etc...”. Que me perdoe o renomado professor, mas ninguém trata de doença; trata de paciente com doença. Se uma paciente tem uma lesão pulpar, nós tratamos o paciente com a lesão pulpar, e não a lesão pulpar. O objetivo principal de tudo isso é curar aquele paciente daquela lesão pulpar.
Tratamento Ortodôntico: expressão costumeira usada em Odontologia, particularmente por aqueles que praticam a Ortodontia. A palavra “ortodôntico” jamais deveria vir agregada à tratamento. Tenho certeza que ninguém jamais ouviu a expressão “tratamento radiológico”, no entanto, essa modalidade de submeter o paciente a uma radiografia existe. Tenho certeza que ninguém jamais ouviu a expressão “tratamento anestésico”, todavia, essa modalidade de submeter o paciente à uma anestesia existe. Primeiro devemos levar em conta que “ortodôntico” não é doença e não existe paciente com a doença “ortodôntico”. O mais certo e correto para o caso, seria usar a expressão “procedimento ortodôntico” ou “correção ortodôntica”, em vez de tratamento ortodôntico.Do mesmo modo, as expressões “tratamento dentário”, “tratamento restaurador”, “tratamento cirúrgico”, são usados dentro da Odontologia, o que é errado. Correto seria dizer “procedimento restaurador”, “procedimento cirúrgico”.
Tratamento Preventivo: como se não bastasse, criaram a figura de um “tratamento preventivo”, ou seja, inventaram um tipo de tratamento para uma doença que ainda nem foi instalada. Como é tratar preventivamente um paciente que ainda nem teve a doença? O mais sensato seria usar o termo “medidas preventivas”, “medidas profiláticas” ou “medidas preservativas”, etc...
Bordo Gengival: quem não ouviu falar da expressão “bordo gengival”? A palavra “bordo” está relacionada à linguagem náutica (embarcação, navio, etc... – “a bordo” = dentro da embarcação). Em apenas um caso, “bordo” é usado como margem, que é em Botânica (“bordo foliar” = margem da folha). O certo seria “borda gengival” que corresponderia à extremidade da superfície da gengiva.
ACD – Atendente de Consultório Dentário: não é só uma expressão, é uma profissão (Pasmem! Legalmente criada pelo Conselho Federal de Odontologia e prestes a ser regulamentada pelo Conselho Nacional). Vemos aí dois erros graves: o primeiro é a palavra “dentário” inserida erroneamente na profissão; “dentário” relaciona-se a dente e tenho certeza que a profissão não está relacionada a dente; segundo, a expressão “atendente”, no sentido de “dar atenção à” quer dizer prestar serviço; servir, aviar. A profissão não serve ao consultório, e sim ao profissional. Porque não adequar a profissão para “APO – Auxiliar do Profissional da Odontologia” ou “ACD – Auxiliar do Cirurgião-Dentista”? Seria um profissional que auxiliaria o Cirurgião-Dentista em seu consultório, agendando consultas, preparando materiais, etc..."
Texto: Edival Toscano Varandas (João Pessoa - PB)

quarta-feira, 28 de maio de 2008

BRUXISMO

"O Buxismo é um hábito parafuncional de ranger os dentes e constitui um dos mais difíceis desafios para a odontologia restauradora, sendo que a dificuldade para sua resolução aumenta de acordo com a gravidade do desgaste dentário produzido.

Fisiopatologicamente, o esmalte dentário é o primeiro a receber os prejuízos do Bruxismo, e o desgaste anormal dos dentes é o sinal mais freqüente da anomalia funcional. O padrão de desgaste dental do Bruxismo prolongado é, freqüentemente, não uniforme e mais severo nos dentes anteriores.
A
importância do Bruxismo ainda se deve à sua relação com a dor muscular da articulação temporomandibular e alguns tipos de cefaléia.

Pode ser definido como um hábito parafuncional que consiste em movimentos involuntários ritimados e espasmódicos de ranger ou apertar os dentes, ocorrendo normalmente durante o sono.
É importante destacar, para entendimento conceitual, que o Bruxismo não é necessariamente uma doença. Trata-se mais de uma disfunção. É perfeitamente possível que alguns portadores de Bruxismo não tenham maiores conseqüências para o sistema mastigatório. O aspecto mórbido ou doentio pode ser pensado quando este hábito funcional leva à algum prejuízo do sistema mastigatório ou desencadeia sintomas de desordens temporomandibulares, como por exemplo, a artrite temporo-mandibular (ATM).
O Bruxismo noturno pode ocorrer em praticamente todos os estágios do sono, sendo observado predominantemente no estágio II e virtualmente ausente nos estágios III e IV, mais profundos. Quando relacionado ao sono, o Bruxismo envolve movimentos rítmicos semelhantes ao da mastigação intecalados por longos períodos de contração dos músculos mandibulares. Essas contrações costumam ser fortes e até superar aquelas realizadas durante a mastigação normal consciente. Costumam durar o suficiente para produzir fadiga e dor muscular.
Incidência e Curso
Alguns trabalhos estimam entre 6 e 20% dos adultos e em torno de 14% das crianças a incidência do Bruxismo. Entretanto, sinais e sintomas de Bruxismo são observados entre 80% e 90% das populações estudadas, sugerindo que, ou essas pessoas apresentam Bruxismo inconscientemente ou já o tiveram. Parece ainda que o Bruxismo diminui com a progressão da idade, predominantemente depois dos 50 anos. Quanto à distribuição nos sexos, alguns autores encontraram uma maior frequência do Bruxismo em mulheres.
Causas (Etiologia)
As causas normalmente estariam relacionadas a fatores psicológicos, como tensão emocional, agressão reprimida, ansiedade, raiva, medo, frustrações e estresse. A frequência e a severidade do Bruxismo pode variar a cada noite, e parece estar altamente associado ao estresse emocional e físico.
Prognóstico e Conseqüências
Hábitos funcionais do tipo Bruxismo costumam levar ao desgaste dentário, má oclusão severa, trauma oclusal, fratura dentária e dores em determinados componentes do sistema mastigatório. O Bruxismo é considerado uma das causas das desordens temporomandibulares devido à possibilidade de desencadear dor ou disfunção na musculatura mastigatória e /ou articulação temporomandibular.
Tratamento
Atualmente a odontologia tem optado pela utilização de uma placa estabilizadora, de resina acrílica, que respeite os conceitos de máxima estabilidade mandibular em relação cêntrica e movimentos excêntricos harmoniosos através de guias específicas (protrusivas e caninas). A função da placa estabilizadora seria para proteger os dentes e demais componentes do sistema mastigatório durante as crises noturnas de Bruxismo. Além disso a placa ainda reduziria a atividade elétrica de músculos elevadores da mandíbula, como masseter e temporal, reduzindo assim a atividade tensional.
Entretanto, a colocação de placas constitui-se num tratamento, digamos, sintomático. O
ideal seria o tratamento dos estados tensionais, estressantes ou ansiosos que produzem o Bruxismo."

Para referir:Ballone GJ - Bruxismo, in. PsiqWeb, Internet, disponível em <http://gballone.sites.uol.com.br/voce/bruxism.html> revisto em 2003

terça-feira, 27 de maio de 2008

Hábitos alimentares inadequados e falta de prevenção provocam cáries em bebês

Mamadeira ou leite materno durante a madrugada, assoprar comida e molhar a chupeta no açúcar são alguns dos costumes dos pais que refletem negativamente na saúde da criança nos primeiros anos de vida.
Por Scheilla Lisboa

"Se o bebê, com mais de um ano de idade, chora durante a madrugada, a primeira atitude dos pais é correr e dar a mamadeira ou amamentar no peito. Certo...? Errado. Ainda é muito forte na população alguns costumes como este que acabam por comprometer a saúde dos dentes dos bebês, gerando cáries e maus hábitos.
A consequência desta prática inadequada tem até nome: cárie tipo mamadeira, que é a cárie originada do hábito de dar leite à criança (mamadeira ou materno), durante a madrugada. "Após um ano a mamadeira ou amamentação no peito noturnas, devem ser retiradas, pois durante o dia a alimentação deve estar completa, satisfazendo as necessidades da criança", afirma a coordenadora da saúde da criança da Secretaria de Saúde de Vinhedo, Solange Salomão.
A cárie tipo mamadeira ocorre porque, à noite, existe uma diminuição da salivação e, também, a criança engole menos, o que favorece a retenção do alimento junto ao dente. Assim, a bactéria da cárie (Estreptococos mutans) encontra o ambiente propício.
A saliva é importante, pois é responsável pela lubrificação da boca e dos dentes, além de intervir significativamente no processo de geração da cárie.
Mas, não é só a alimentação que determina a cárie, outros costumes do dia a dia também interferem; cabem aos pais prestar atenção e se reeducarem. "A cárie é uma doença contagiosa, assim, o adulto, sendo portador da bactéria, deve evitar beijar a boca da criança, assoprar a comida, utilizar os mesmos talheres e copos e limpar a chupeta com a própria boca", orienta a pediatra.
Outra informação incorreta que passa de geração para geração é a imposição da chupeta a qualquer momento e de adoçá-la para a criança dormir melhor. "Estas atitudes reforçam o vício da chupeta que pode acarretar alterações dentárias, como mordida aberta e alterações de fala, além do que a presença do açúcar facilita a ação da bactéria sob o dente desenvolvendo a cárie", explica Solange, que afirma que o ideal é que se evite o uso da chupeta.
Engana-se, também, quem não dá a devida importância ao dente de leite, já que ele será substituído pelos permanentes. "A saúde do dente de leite determina a saúde do dente permanente. Se a higiene é inadequada, existe o costume do leite noturno, o uso excessivo de açúcar e a alimentação não tem uma fonte de cálcio adequada, quando surgir o dente permanente o organismo vai sofrer os mesmos riscos do dente de leite devido aos hábitos errados", explica a pediatra.
Amamentação Noturna Possibilidade de adquirir cárie
1º ano de vida - 9%
24 meses de idade - 110%
36 meses de idade - 270%
Fonte: Bebê Clínica

As cáries originadas de aleitamento materno exclusivo são menos graves que as causadas pelo uso da mamadeira e outros hábitos alimentares. Mas, a associação de aleitamento materno e mamadeira noturna, representa 80% de possibilidade de gerar cárie dentária.
Receitas
Sopinha de Abóbora com Espinafre
Creme de mandioquinha com carne
Suco de Beterraba com laranja
Papa de caldo de feijão, ovo e abobrinha
Alimentação Adequada
"Não há nenhuma restrição sobre o aleitamento materno ou a amamentação noturna quando o bebê é menor de 6 meses, ou desdentado; neste período o aleitamento deve ser irrestrito", aconselha a pediatra.
Porém, após a erupção dos primeiros dentes, este hábito noturno deve começar a ser controlado, para que o desmame ocorra por volta de 12 meses de idade, onde os dentes incisivos já nasceram e a criança inicia a fase de mastigação. A pediatra afirma que "o controle da amamentação noturna é uma das medidas mais eficazes para a prevenção de cárie na primeira infância".
Se realmente a criança reclamar de fome, durante a madrugada, após um ano de idade, a dica é "dar a mamadeira e fazer a higiene, mesmo com a criança dormindo, até que este hábito seja eliminado o mais rápido possível".
Se a criança mama no peito, este deve ser exclusivo até os 6 meses de idade. Após este período a introdução de novos alimentos é avaliada pelo ganho de peso, diminuição do intervalo de mamadas, choro, fome excessiva, intestino preso, diminuição da urina, além da motivação e necessidade da mãe em voltar ao trabalho.
Se a criança é alimentada com leite de vaca, que é uma contra indicação ao leite materno, a introdução de alimentos começa no 2º mês.
Nos primeiros meses de vida, o leite, os sucos e papas devem ser oferecidos à criança segurando-a no colo. "O momento das refeições deve ser agradável tanto para a criança como para a mãe", afirma Solange.
Os sucos, papas de frutas e as salgadas artificiais são desaconselháveis. "Estes tipos de alimentos podem desencadear quadro alérgico, além de não terem fibras e custarem caro", afirma a pediatra.

Alimentação do Bebê - Leite Materno

1 mês - Leite Materno Exclusivo (Chupeta, chá, água podem confundir o bebê e atrapalhar a amamentação)

2 meses - Leite Materno Exclusivo (Funciona como vacina, protegendo o bebê de infecções - pneumonias e diarréias).

3 meses - Leite Materno Exclusivo (é o alimento mais completo, possui todas as vitaminas e gorduras necessárias)

4 meses - Leite Materno e suco de frutas e legumes

5 meses - Leite Materno, suco de manhã, papa de frutas de tarde e gema de ovo cozida.

6 meses - Leite Materno, suco, papa de legumes no almoço e papa de frutas.

7 meses - Leite Materno, suco, papa de legumes, frutas e papa de legumes.

1 ano - Incentive a mastigação, evite amassar muito ou bater no liquidificador os alimentos.

1 ano e meio - Evite salgadinhos, bolachas, iogurtes fora do horário das refeições.
Introdução de novos alimentos
- deve ser feita sempre de forma gradual;
- oferecer um a um os novos alimentos, com intervalos semanais;
- observar alteração no hábito intestinal, presença de cólicas, dermatites ou manifestações de caráter alérgico;
- na presença de alguma intolerância ao novo alimento, suspender temporariamente e voltar a oferecê-lo após algumas semanas em quantidade menor;
Suco de frutas - Para crianças que mamam no peito o suco de frutas deve ser introduzido entre 4 e 6 meses e no 3º mês para as que mamam na mamadeira. "Não se deve adicionar açúcar no suco e ele deve ser dado ao bebê logo após ser feito, para evitar a perda de vitamina C; no frio, não se deve aquecer o suco, também por causa da vitamina C", ressalta a pediatra.
Gema de ovo - Quando se introduz qualquer outro tipo de alimento na dieta de uma criança amamentada ao seio, há diminuição da absorção do ferro da dieta. Tanto o leite materno como o leite de vaca contém pouco ferro; mas, o aproveitamento do ferro do leite materno é alto, 50%.
Assim, recomenda-se dar alimentos ricos em ferro mais precocemente às crianças em aleitamento artificial ou misto (4 a 5meses). "A introdução da gema de ovo em pequenas quantidades é recomendada para aumentar a oferta de ferro, gordura e proteínas", explica a pediatra. A gema deve ser servida sempre muito bem cozida e pode ser dada com pequena quantidade de sucos ricos em vitamina C, antes da mamada ou da refeição de sal.
Refeições de sal - A sopa tem maior importância como fonte de ferro, sais minerais e fibras, assim, deve conter carne - magra, de vaca ou frango - verduras, cereais e leguminosas. "As carnes de segunda como músculo e coração têm o mesmo teor protéico que as carnes de primeira", sugere a pediatra.
A sopa deve ser peneirada e não batida no liquidificador, pois "além de conservar as fibras, ainda facilita a aceitação de alimentos cada vez mais consistentes" . Quando a sopa é recusada as dicas são: aumentar o intervalo anterior, diminuir o teor de sal, usar hortaliças adocicadas e de sabor pouco acentuado ou, ainda, adicionar pequena quantidade de leite.
Outras introduções
por volta dos 7 meses:
- com o surgimento dos primeiros dentes e a capacidade da criança de permanecer sentada e pegar os alimentos e levá-los à boca, as refeições devem ser feitas com a criança sentada em cadeirinhas apropriadas;
- alimentos sólidos em pedaços para a criança comer sozinha: pão amolecido; bolachas; frutas, carne cozida ou bife.
- queijo branco, ricota, queijo minas e requeijão.
aos 9 meses:
- oferecer líquidos em canecas ou copos com bordas grossas e, de preferência com tampa; copos com canudinho. Iniciar retirada gradual da mamadeira.
aos 10 meses:
- clara de ovo
após primeiro ano de vida:
- frutos do mar, morango e abacaxi
Para estimular a criança a comer melhor
- cardápios coloridos
- alimentos preferidos pela criança
- explicar a importância da alimentação
- variar o modo de preparo dos alimentos
- insistir com as novidades
Limpeza e escovação
"O cuidado com os dentes deve começar mesmo antes do bebê nascer. Como a escovação é uma questão educacional é interessante que a gestante, vá ao dentista durante a gravidez, cuide dos dentes e receba orientação de como proceder com o bebê", sugere o cirurgião dentista Lauro Delgado Junior. Vale ressaltar que a criança segue o exemplo da família, incorporando os hábitos adequados ou não.
De acordo com as normas da American Dental Association (ADA, 1981), a limpeza do dente pode começar antes da erupção. Esta medida além de tornar a gengiva mais limpa, ainda acostuma o bebê à manipulação da boca.
"A limpeza deve ser feita com gaze e água para retirar o excesso de leite", explica o cirugião dentista. A limpeza começa efetivamente com o surgimento dos primeiros dentes, dando especial atenção, à noite, após a última mamada. "Quando aparece o primeiro dente, usa-se gaze com um pouco de água oxigenada de 10 volumes", ensina Delgado. Outra opção é a escova própria para o bebê, que o adulto adapta no dedo, semelhante a uma dedeira de silicone.
Essa limpeza deve seguir até os 18 meses, ou até quando os primeiros molares aparecerem, quando deve-se iniciar a escovação. Porém, desta idade até cerca de 6 anos, a criança não tem coordenação motora para realizar uma higiene bucal eficiente, necessitando da ajuda de um adulto.
"A criança deve ser estimulada a criar o hábito de escovar o dente e passar o fio dental sempre após as refeições", afirma o dentista. "Existem muitas escovas de bichinho e coloridas, além de pastas especiais, com diversos gostos que ajudam os pais a incentivarem a escovação", conclui Delgado."
Fonte: Pediatria na atenção primária (Hugo Issler, Cláudio Leone, Eduardo Marcondes
Livro: Odontologia para Bebês
Autor: Luiz Reinaldo Figueiredo Walter (Universidade Federal de Londrina)

O que são Cáries de Mamadeira?

"O melhor tratamento para as cáries de mamadeira é a prevenção, tendo em vista a dificuldade de tratar crianças em idades inferiores a 4 anos.
A prevenção deve ser feita através da higienização da boca da criança desde o nascimento do primeiro dentinho. A higienização deve ser feita com o uso de gazes (preferencialmente estéreis) e água (filtrada ou mineral).
Toda hora após a amamentação deve-se fazer a limpeza da boca da criança com a gaze úmida. O acompanhamento pelo dentista pediatra também ajuda a prevenir tais patologias , e este deve ser feito o mais cedo o possível.
Após a cárie de mamadeira ter se instalado, ela geralmente apresenta um curso acelerado e doloroso para a criança.
Esta rapidez com que este tipo de cárie se instala e progride é resultado da não higienização da boca da criança e do surgimento dos primeiros dentes, que acabam alterando física, química e bioquimicamente o meio bucal.
Com o surgimento dos dentes as bactérias que têm capacidade de aderência ao esmalte dental, começam a proliferar; a mudança dos microorganismos presentes na cavidade oral e a maior dificuldade de limpeza por parte dos mecanismos naturais de limpeza (língua, saliva, etc) devido a erupção dos dentes; e outros fatores levam a uma série de reações (dentre elas mudança do PH oral), que contribuem para que esta doença se manifeste de forma tão agressiva.
Os mecanismos desta doença são complexos, mais o importante é saber o que foi escrito. Com relação ao tratamento, realmente existe e tem que ser feito o quanto antes , para alívio do sofrimento da criança, antes que esta comece a emagrecer, desanimar, chorar ( sem motivo aparente), etc..
O primeiro passo é procurar um dentista (odontopediatra, generalista que esteja habituado a lidar com crianças) ou uma faculdade mais próxima.
Depois o dentista vai examinar o caso e se constatado que se trata realmente desta patologia, ele dará seqüência com o procedimento mais adequada, que pode variar da adequação do meio e posterior restauração (diminuindo a carga de contaminantes, aumentando o PH intra-oral, tirando a criança da fase aguda da doença, diminuindo a sensibilidade dolorosa, etc.), esta etapa é feita através da aplicação de substâncias como flúor, clorexidina e outras e da restauração provisória dos dentes com material do tipo ionômero de vidro (pela sua facilidade de execução e capacidade de receber recarga e liberar flúor).
O tratamento é complexo e demorado, no entanto a parte mais difícil é com relação à própria criança (que geralmente não colabora, devido à idade) e à sintomatologia que a criança esta passando, pois se é difícil para o dentista fazer o tratamento em uma criança saudável, imagine em uma criança que está com dor.
Por isso devemos procurar um bom profissional, que esteja qualificado para dar seqüência ao tratamento. Em casos extremos de não aceitação por parte da criança, podemos levá-la a um centro cirúrgico e fazermos o tratamento sob anestesia geral.
O primeiro passo é ficarmos calmos e levarmos a criança o mais rápido possível para o dentista. Pois a demora pode levar a criança a quadro de abcessos e infecções graves que podem levar o paciente a óbito, se não corretamente tratados."
Não é para assustar, porém com cárie e outros quadros infecciosos não se brinca.
Marcelo Silva Monnazzi é Cirurgião Dentista graduado pela Universidade Sagrado Coração - Bauru - SP. Residente na área de cirurgia buco-maxilo facial pela Unesp Araraquara.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Antes de discutir o papel da dieta, é importante definir certos termos. Dieta se refere à ingestão de alimentos e bebidas realizada por qualquer pessoa diariamente. Conseqüentemente, a dieta pode exercer um efeito local na boca, causando a carie através da sua reação com a superfície do esmalte e servindo como substrato para os microorganismos cariogênicos. Nutrição diz respeito à assimilação dos alimentos e o seu efeito sobre os processos metabólicos do organismo.

Nutrição e dieta

Sua influencia na dentição

A dieta ocupa uma posição central no desenvolvimento da cárie, pois o diário e freqüente consumo de carboidratos alcança a cariogenicidade, ou seja, indivíduo com grande susceptibilidade à doença cárie, tendo efeitos locais (metabolismo da placa – produção de ácidos, que associados a queda do pH causam a cárie) e efeitos sistêmicos. A nutrição trata de elementos participantes da dieta e metabolizados no organismo.

É importante lembrar que os gens, também determinam a pré-disposição do homem a adquirir a doença cárie. Ou seja: pais com grande incidência de cárie, doença periodontal e etc, que não se preocupam em deter os processos destrutivos das doenças, não se previnem e não cuidam, tem uma maior probabilidade de transmitirem isso através do gens para seus filhos. Portanto, geneticamente falando, essa pré disposição as doenças da cavidade bucal, são transmissíveis.

O dente recém erupcionado é mais poroso e mais susceptível a cárie. É importante que a dieta seja controlada e os acompanhamentos pelo dentista sejam feitos num menor intervalo de tempo, para que ocorra uma adequada maturação pós eruptiva, ou seja, para que o dente adquira uma resistência, após irromper na cavidade bucal. Fase de crescimento, estágio de maturação, atividades físicas, eficiência da absorção e uso dos alimentos, devem ser considerados diante das necessidades nutricionais, tanto para a criança como para o jovem e o adulto.

O crescimento da criança passa por 4 fases importantes a serem analisadas: Crescimento inicial, muito rápido, crescimento uniforme é mais lento (idade pr escolar), crescimento acelerado (adolescente), declínio de crescimento até parar (idade adulta). As necessidades energéticas do lactante devem ser avaliadas através de: verificação do peso, crescimento da criança estado geral do bem estar, orientação individualizada da dieta, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança. Assim algumas regras devem ser seguidas para a alimentação no primeiro ano de vida:
- 0 a 6 meses: aleitamento materno;
- 6 a 7 meses: leite materno, 1 refeição de sal, 1 papa de fruta, 2 sucos de frutas;
- 7 a 8 meses: leite materno: 2 refeições de sal, 2 papas de frutas, 2 sucos de frutas;
- 8 a 12 meses: leite materno, 2 refeições de sal, 2 sobremesas, 2 sucos de frutas
O leite possui um potencial cariogênico devido a presença de lactose, esta se encontra em maior quantidade no leite materno que no bovino. O leite possui carboidratos, enzimas bacterianas e lactose. Por esse e demais motivos, que a higiene bucal deve ter inicio na vida criança antes dos primeiros dentes apontarem na cavidade bucal. Criando assim um ambiente para a microflora bucal isento de microorganismos causadores da cárie, doença periodontal, etc, principalmente o Streptococcus mutans, ou pelo menos, um ambiente desfavorável para a proliferação e atuação dos mesmos.

As frutas frescas e verduras cruas são chamadas de alimentos detergentes. A refinação dos alimentos os torna potenciais causadores de cárie. Daí que surge a importância da higiene bucal, principalmente após as refeições. Os alimentos não são cariogênicos, mas podem se tornar através de uma interação complexa da: composição dos alimentos, padrão de consumo, flora bacteriana da placa, tempo que permanece na cavidade oral.

Os sucos e as bebidas de frutas apresentam maior acidez que os refrigerantes, porém são capazes de induzir queda do pH, favorecendo a produção de ácidos pelos microorganismos que oriundos de suas associações são causadores da cárie.

As modificações nos hábitos alimentares devem enfatizar: uma freqüência menor; redução de açúcar, uso de substratos do açúcar, evitar produtos com alto teor de açúcar e que fiquem retidos na boca.
Aconselhamento dietético:
  1. Análise nutricional;
  2. Sugestões para correção dos problemas devem ser aceitas;
  3. Modificação deve ser gradual;
  4. Freqüência é mais prejudicial que a quantidade;
  5. Dieta é importante fator da cárie;
  6. Aprender que tipo de alimento ingerir, quando e onde modificar;
  7. Açúcar ingerido ácido na placa por 20 a 30 minutos;
  8. Alimentos cariogênicos devem ser consumidos junto com as refeições;
  9. Usar substitutos do açúcar;
  10. Combinar um dia para o consumo de doces (sugestão aos fins de semana);
  11. Não dar líquidos durante as refeições.

Orientações que os pais devem transmitir a seus filhos, e praticar juntos em casa:

  • Motivar a criança a mastigar;
  • Fazer as refeições em horários regulares;
  • Fazer as refeições com a família;
  • Ambiente agradável;
  • Saborear a dieta;
  • Iluminação do ambiente;
  • Ruídos no ambiente – contra indicado;
  • Temperatura da dieta;
  • Situação corporal confortável;
  • Ritmo de administração adequado;
  • Variedade de alimentos – criatividade.


Pais atenção:

  • Com gastos de alimentos desnecessários;
  • Comprar alimentos de alta qualidade nutritiva;
  • Com a rotina diária alimentar;
  • Com o peso, postura, porte, estrutura e etc de sua família;
  • Alerta para: composicao forma e frequencia consumo alimentar de sua familia;
  • Ter consciencia da importancia da dieta como prevencao odontologica na sua vida e de sua familia;
  • Entender a relacao da nutricao com a saude bucal.





Nutrição, dieta e cárie

"NUTRIÇÃO, DIETA E CÁRIE

-NUTRIÇÃO: OS EFEITOS NUTRICIONAIS SÃO MEDIADOS SISTEMICAMENTE E RESULTAM DA ABSORÇÃO E CIRCULAÇÃO DE NUTRIENTES EM TODOS OS TECIDOS RELACIONANDO-SE COM O EQUILÍBRIO ENERGÉTICO

-NUTRIÇÃO: OS EFEITOS SISTÊMICOS PODEM INFLUENCIAR OS DENTES DURANTE O PERÍODO FORMATIVO (ODONTOGÊNESE), BEM COMO A QUANTIDADE E QUALIDADE DO FLUXO SALIVAR, AUMENTANDO OU DIMINUINDO A RESISTÊNCIA DO HOSPEDEIRO

-DIETA: A DIETA COMPREENDE TUDO O QUE É INGERIDO INDEPENDENTE DO VALOR NUTRICIONAL OU DO APROVEITAMENTO DO PROCESSO DIGESTIVO. DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A ALTERA A AMELOGÊNESE, DENTINOGÊNESE E FUNÇÃO IMUNOLÓGICA E AINDA REDUZ A SÍNTESE DE GLICOPROTEÍNAS SALIVARES ESPECÍFICAS PARA A AGLUTINAÇÃO DE BACTÉRIAS

-DIETA: -HÁ INÚMEROS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS LIGANDO O CONSUMO DE SACAROSE A PREVALÊNCIA DE CÁRIE

-EFEITOS LOCAIS PÓS ERUPTIVOS: MATURAÇÃO, REMINERALIZAÇÃO, DESMINERALIZAÇÃO, FORMAÇÃO DE PLACA, METABOLISMO E COLONIZAÇÃO BACTERIANOS

-A INFLUÊNCIA NUTRICIONAL É PEQUENA

-APENAS A DIETA, SOB INFLUÊNCIA DAS PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DOS ALIMENTOS E A FISIOLOGIA SALIVAR TERÃO IMPORTÂNCIA LOCAL NA INSTALAÇÃO DA DOENÇA CÁRIE

-DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS COMO DEFICIÊNCIA DE CÁLCIO, FÓSFORO, VITAMINA A, C, D ASSIM COMO ALTERAÇÕES NO EQUILÍBRIO PROTEICO-ENERGÉTICO AFETAM A FORMAÇÃO DOS TECIDOS DENTÁRIOS

-A VITAMINA D MELHORA A ABSORÇÃO DO CÁLCIO A NÍVEL INTESTINAL, PELO AUMENTO DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS LIGADORAS DE CÁLCIO. DEFICIÊNCIAS DO METABOLISMO DO CÁLCIO POR SUA VEZ PODEM PROVOCAR HIPOPLASIAS DO ESMALTE.


ALIMENTOS, COMPOSIÇÃO E CARIOGENICIDADE

O AMIDO

DIETA HUMANA (BATATA, MANDIOCA E GRÃOS)

-ISOLADAMENTE PODE PROVOCAR PEQUENO DECRÉSCIMO NO pH DA PLACA;

-AMIDO ASSOCIADO COM SACAROSE (CEREAIS MATINAIS, BISCOITOS, SALGADINHOS DE MILHO) SÃO TÃO CARIOGÊNICOS OU MAIS QUE A SACAROSE CARBOIDRATOS NA DIETA
TEMPO DE ELIMINAÇÃO DOS CARBOIDRATOS;


O TEMPO DE DESAPARECIMENTO DOS AÇÚCARES PODE SER PROLONGADO POR DIVERSOS FATORES, DENTRE ELES, O FLUXO SALIVAR REDUZIDO, CAVIDADES DE CÁRIE, RESTAURAÇÕES DEFEITUOSAS, APARELHOS ORTODÔNTICOS E PRÓTESES QUE AUMENTAM O TEMPO DE CONTATO DO ALIMENTO COM A SUPERFÍCIE DENTÁRIA
CARBOIDRATOS DAS FRUTAS, VEGETAIS E BEBIDAS TEM UM TEMPO DE ELIMINÇÃO DE APROXIMADAMENTTE 5 ' . CHICLETES, BOMBONS, BALAS,CHOCOLATES EM GERAL E BISCOITOS TEM UM TEMPO DE ELIMINAÇÃO DE ATÉ 40'.

MEDIDAS PARA DIMINUIR O TEMPO DE ELIMINAÇÃO DOS CARBOIDRATOS

-ESCOVAÇÃO LOGO APÓS AS REFEIÇÕES

-USO DE GOMA DE MASCAR SEM AÇÚCAR, VEGETAIS CRUS E ALIMENTOS FIBROSOS PROMOVEM A ESTIMULAÇÃO FÍSICA DO FLUXO SALIVAR
-CONSUMO DE ALIMENTOS PROTETORES.

ATENÇÃO!

O MEL É ALTAMENTE CARIOGÊNICO!

HÁ DOIS GRUPOS DE ADOÇANTES:

CALÓRICOS (XILITOL,SORBITOL E MANITOL )

NÃO CALÓRICOS (ESTEVIOSÍDEOS,SACARINA,ASPARTAME,CICLAMATO)
DIÁRIO ALIMENTAR:

O PACIENTE REGISTRA TUDO O QUE FOI CONSUMIDO DURANTE UM PERÍODO DE TRÊS A SETE DIAS.

ACONSELHAMENTO DIETÉTICO

A ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DEVE BASEAR-SE NO DIÁRIO DIETÉTICO, NOS HÁBITOS ALIMENTARES E NAS POSSIBILIDADES ECONÔMICAS DO PACIENTE
É RECOMENDÁVEL QUE O INDIVÍDUO FAÇA 3 REFEIÇÕES PRINCIPAIS E DOIS LANCHES POR DIA


PRINCÍPIOS BÁSICOS

1-COMEÇAR COM O HISTÓRICO DA DIETA DO PACIENTE
2-SUGEIRIR MODIFICAÇÕES NAS REFEIÇÕES PRINICPAIS DE MODO A EVITAR A NECESSIDADE DE COMER ENTRE AS MESMAS
3-DAR RECOMENDAÇÕES RAZOÁVEIS E REALISTAS
4-ELIMINAR ALIMENTOS A BASE DE SACAROSE ENTRE AS REFEIÇÕES. ATENÇÃO PARA AÇÚCAR OCULTO

A META MAIS IMPORTANTE DA ODONTOLOGIA PREVENTIVA É REDUZIR O CONSUMO DE PRODUTOS DOCES AO MÍNIMO POSSÍVEL, INCLUINDO OS ASPECTOS DE AVALIAÇÃO E ORIENTAÇÃO DIETÉTICA

TENDÊNCIA PARA O ENFOQUE DOS FATORES DE RISCO COMUNS:

DIABETES

OBESIDADE

HIPERTENSÃO

CÁRIE

CÂNCER "

domingo, 4 de maio de 2008

A importância do clima organizacional em clínicas odontológicas

"Embora poucos profissionais do setor odontológico despendam a devida atenção para esse tema, trata-se de um dos grandes problemas encontrados durante o diagnóstico de consultoria realizado em clínicas odontológicas.Nos tempos atuais, secretárias e recepcionistas de clínicas funcionam como uma espécie de elo entre o mercado e a imagem da clínica, ou seja, sua marca. Essas profissionais são tão importantes e possuem tanto poder de enaltecer ou prejudicar a imagem de uma clínica, que merecem uma atenção bastante especial quanto à forma com que vem atendendo e sendo atendidas dentro da organização.Todo processo de venda dentro do setor odontológico, está diretamente ligado à secretária ou recepcionista, pois é ela quem realiza o primeiro contato com o cliente, que o recepciona quando presente, que fornece informações sobre o dentista, sobre o tratamento, sobre as condições de biossegurança, enfim, ela detém e pode fornecer todos os subsídios necessários para o cliente fechar ou não um investimento de tratamento.Desta forma é necessário que o clima organizacional esteja em perfeitas condições, ou seja, que a secretária e/ou recepcionista entenda a sua importância dentro do contexto da clínica. Para isso é necessário investir em treinamento e acompanhamento de suas atividades, sempre que puder ouvindo suas queixas, sugestões e orientando-a para soluções possíveis dentro da realidade da clínica.Ao contrário do que muitos pensam, políticas salariais não são o maior problema no que tange à satisfação das secretárias, pois muitas vezes a mudança no comportamento e a gerência da clínica podem influenciar positivamente no rendimento da profissional.O que na maioria das vezes ocorre, é a falta de padronização e o direcionamento correto dos deveres, direitos e obrigações da secretária. Feito isso de maneira correta e sensata, evita-se problemas com a perda de investimentos em tratamento, clima pesado, desentendimentos internos e até mesmo ações judiciais que podem comprometer a estrutura e imagem de uma clínica."
Artigo publicado por Dennis Carvalho – Consultor de Marketing (Sócio Proprietário da Market House)